![](https://acsurs.com.br/wp-content/uploads/2024/07/Acsurs_Atualizacaodomaterial_AnuncioSite.png)
A greve dos caminhoneiros, que acontece desde a segunda-feira (21), já tem dado prejuízos para a cadeia de proteína animal do país. Isso porque, de acordo com entidades, a passagem para caminhões com carga viva e ração não está sendo possível.
A Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) informou em nota na quinta-feira (24) que entende a legitimidade da paralisação dos caminhoneiros autônomos devido aos aumentos abusivos do valor do combustível e da carga tributária para o diesel, já que a população precisa de condições justas para trabalhar e produzir. Porém, reforça na nota que a cadeia de suínos já passa por um ano econômico difícil e não pode corroborar com a falta de insumos e a retenção do transporte de animais, que coloca em risco o bem-estar e afeta diretamente a atividade de mais de 20 mil produtores, impactando cerca de 126 mil empregos diretos e 1 milhão indiretos.
“A ABCS, portanto, apela ao movimento dos caminhoneiros pela busca legítima de seus direitos, preservando também o de milhares de produtores rurais que, com responsabilidade e segurança, colocam alimento na mesa dos brasileiros”, afirma. A nota diz ainda que este é um momento delicado para todos, e a associação espera uma resolução efetiva do governo para que não haja prejuízos ainda maiores que possam gerar impactos irreparáveis para a economia do país.
Além do mais, também na quinta-feira a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) lançou nota alertando sobre o mesmo assunto. “Diferente da promessa feita na quarta-feira pelas lideranças dos caminhoneiros, ainda não houve a liberação das cargas vivas em vários pontos de parada do movimento de greve nas estradas. Recebemos relatos de produtores com caminhões transportando animais parados em bloqueios em todo o país. Há casos de animais com mais de 50 horas sem alimentação”, conta.
A associação informa que também está travada em vários pontos a circulação de caminhões de ração, que levariam alimentos para os criatórios espalhados por pequenas propriedades dos polos de produção. “A situação nas granjas produtoras é gravíssima, com falta de insumos e risco iminente de fome para os animais”, afirma.
A ABPA informa que a cadeia produtiva da avicultura e da suinocultura do país iniciou esta quinta-feira com 120 plantas frigoríficas paradas – produtoras de carne de frango, perus, suínos e outros. Mais de 175 mil trabalhadores estão com atividades suspensas em todo o país. “Os danos ao sistema produtivo são graves e demandarão semanas até que se restabeleça o ritmo normal em algumas unidades produtoras”, diz.
Levando em conta estes fatos, a associação apela ao movimento dos caminhoneiros pelo cumprimento da promessa com a liberação do transporte de animais e rações em todos bloqueios, além da retirada mínima de produtos nas fábricas para a retomada da produção. “Os protestos são justos, mas é preciso bom senso e evitar a perpetuação desta situação aos animais”, finaliza.
Cotação semanal
Dados referentes a semana 05/07/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 7,25Farelo de soja à vista tonelada
R$ 2.170,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.300,00Milho Saca
R$ 64,00Preço base - Integração
Atualizado em: 05/07/2024 14:00