Porto Alegre, 17 de setembro de 2014 – A consultoria de negócios Bain &
Company e o escritório de advocacia Machado, Meyer, Sendacz e Opice Advogados
concluíram um amplo estudo sobre o setor sucroalcooleiro no oeste da África,
para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O
levantamento aponta que existe na União Econômica e Monetária do Oeste
Africano (Uemoa) potencial para a produção de 950 mil toneladas de açúcar, o
que poderia resultar em US$ 1 bilhão para a economia local.
Já os polos agroenergéticos seriam capazes de produzir 600 mil metros
cúbicos de etanol e 310 GW de energia elétrica, gerando US$ 437 milhões. O
impacto do setor seria de algo em torno de 1% a 5% do PIB da região, formada
por Senegal, Mali, Níger, Burkina Faso, Benin, Togo, Costa do Marfim e Guiné
Bissau. Hoje, a situação econômica da Uemoa é crítica: os oito países,
juntos, registram um PIB de US$ 136 bilhões e têm um déficit de US$ 6,8
bilhões na balança comercial.
O estudo demorou mais de um ano para ser concluído e mapeou 11 potenciais
polos para o plantio de cana, produção de açúcar e etanol e instalação de
usinas termelétricas. A ideia é utilizar o modelo brasileiro como inspiração
para aliar a produção de alimento – no caso o açúcar – com a oferta da
geração de energia e biocombustíveis. No total, esses potenciais polos
demandariam um investimento de US$ 3,2 bilhões.
Dos países analisados, o que teria maior impacto seria Togo, em que
investimentos de US$ 425 milhões gerariam crescimento aproximado de 5% do PIB.
Senegal e Benin são os países que mais apresentam potencial de investimentos.
Neles, os valores chegariam a US$ 663 milhões e US$ 512 milhões,
respectivamente.
Segundo o levantamento, o mapeamento desses polos fortalece um importante
tripé para as nações da Uemoa. Inicialmente, a necessidade de alimentos seria
minimizada, já que os países poderiam substituir a importação de açúcar.
Os outros dois pontos de apoio são a oferta de combustíveis e a energia
essencial para o desenvolvimento industrial dessas localidades. Uma das
propostas defendidas pelos responsáveis pelo relatório é utilizar o conceito
de “zonas de desenvolvimento especiais”, que visa fortalecer a agricultura
familiar. O conceito foi disseminado pelo ministro da Agricultura da Nigéria,
Akinwunmi Adesina e é muito bem aceito na comunidade mundial. As informações
são da assessoria da Bain & Company.
Revisão: Cândida Schaedler / Agência SAFRAS
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