Porto Alegre, 26 de agosto de 2019 – Os agricultores do Oeste da Bahia,
representados pelas associações de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) e
Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), que junto aos produtores rurais do
Brasil, lutaram por anos, com muito trabalho e seriedade para fazer da
atividade, modelo em sustentabilidade para o mundo, rechaçam toda e qualquer
prática ilegal capaz de colocar em risco a integridade do meio ambiente, como a
que vem ocorrendo da Amazônia.
A agricultura praticada no Oeste da Bahia não dá margem para o erro.
Nossos agricultores são responsáveis e sabem disso, pela conservação do seu
maior patrimônio: a terra. Cuidar, de forma adequada dessa terra é o real
compromisso dos nossos associados. São eles os responsáveis por conservar mais
de 60% das áreas associadas às lavouras do Oeste, número superior aos 20%
exigidos pela criteriosa legislação ambiental de nosso País.
Portanto, associar queimadas da Amazônia com a prática da agricultura
séria e comprometida com o social e o meio ambiente é um afronto. Os
agricultores do Oeste da Bahia, desembolsaram R$ 11 bilhões destinados à
preservação ambiental, dados estes, amplamente divulgados pela Embrapa, e que
mostram ainda que os nossos associados integram a classe de agricultores
responsáveis existente no Brasil, que investiu R$ 2 trilhões em práticas
seguras de conservação do meio ambiente, no País.
Não podemos pagar pelo preço, tão alto preço, como erroneamente está
sendo colocado. A agricultura responsável jamais colocaria em risco o nosso
maior e mais cobiçado patrimônio, a Amazônia.
As Associações reiteram que o processo produtivo de grãos e fibras na
região Oeste da Bahia obedece a critérios de sustentabilidade, comprovados
pela adoção de práticas conservacionistas de solo e de água. Para as
entidades, que juntas representam cerca de três mil agricultores baianos, o
desafio do produtor rural tem sido produzir em quantidade e qualidade suficiente
para garantir a segurança alimentar do mundo. Por isso, a categoria tem
investido pesado em modelos de agricultura sustentável, com vistas em aumentar
a produtividade e diminuir o impacto sobre os recursos naturais.
Convém ressaltar que pesquisas da Embrapa Monitoramento por Satélite,
validadas pela Nasa, reafirmam que o agricultor é quem mais preserva o meio
ambiente, pois dele depende a continuidade do seu negócio. O produtor rural é,
portanto, fundamental para o equilíbrio ambiental, social e econômico do
País. A categoria obedece a uma rigorosa legislação ambiental e atua sob
frequente fiscalização de órgãos municipal, estadual e federal, que exigem
licenciamento, autorização de supressão, outorgas de água, programas de
gestão de resíduos e de manejo de solos e de água dentro da propriedade,
dentro outros.
O agricultor do Oeste da Bahia, preserva 64% de mata nativa, além de
investir em tecnologia para aumentar a produtividade e desenvolver projetos de
sustentabilidade, como o Soja Plus e o Programa Algodão Brasileiro Responsável
(ABR), que nesta safra 2017/2018 certificou como sustentável 77,7% da área
plantada com algodão.
Considerando ser a terra o maior patrimônio do agricultor, atribuir a
este que tem como referência, princípios seguros e claros de proteção
ambiental, de sustentabilidade e comprometimento social, atos criminosos é de
uma irresponsabilidade ímpar e de consequências imensuráveis, capazes de
pôr em xeque não apenas o setor do agronegócio responsável, mas toda a
população, uma vez que ameaça a segurança alimentar e o desenvolvimento
social e econômico do Brasil.
Dessa forma, a Aiba e Abapa rebatem tais acusações e apelam para que a
sociedade brasileira evite a propagação das mesmas, disseminando dados
equivocados e que podem colocar em risco conquistas alcançadas durantes longos
anos, com muito custo e exaustivo trabalho por parte de homens e mulheres que
movem o setor agrícola. Não há espaço para o retrocesso. O agricultor
ético, responsável e comprometido exige e merece respeito.
Barreiras (BA), 24 de agosto de 2019
Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba)
Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa)
As informações partem da assessoria de imprensa da Abapa e da Aiba.
Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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