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AGRICULTURA: Apesar dos avanços, Fetag/RS define 2015 como turbulento

2 de dezembro de 2015
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Porto Alegre, 2 de dezembro de 2015 – Ano turbulento, definiu o presidente
da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag/RS),
Carlos Joel da Silva, ao fazer o balanço de 2015 em café da manhã na sede da
Federação.

Apesar disso, o dirigente ressaltou avanços como a alteração do Suasa, a
fim de melhorar e simplificar procedimentos e reconhecer a agroindústria
familiar artesanal, a inclusão do leite na política dos preços mínimos, as
melhorias do Proagro Mais, a derrubada do emplacamento das máquinas agrícolas
e a fundação da Federação dos Trabalhadores Assalariados Rurais (Fetar-RS).
Também participaram os diretores Nelson Wild, vice-presidente, Elisete Hintz,
secretária-geral, Sérgio de Miranda, tesoureiro-geral e Inque Schneider,
coordenadora de Mulheres.

A turbulência a que Joel se refere tem muito a ver com a situação
política e econômica do país. No Estado, o corte nos Programas Troca-Troca de
Sementes e Forrageiras mostra a falta de comprometimento do governo com
políticas públicas especialmente com a cadeia leiteira, que já enfrentava
problemas com as operações Leite Compen$ado e o fechamento de empresas com
consequente falta de pagamento aos produtores. Em nível federal, ele diz que o
governo simplesmente rasgou o discurso no que diz respeito a crédito fundiário
e reforma agrária.

O secretário do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Adhemar de
Almeida, que viria ao Rio Grande do Sul primeiramente amanhã (3) e depois no
dia 8, não vem mais, por falta de dinheiro para a passagem aérea. Além disso,
continua Joel, tramita na Câmara dos Deputados processo para flexibilização
da compra de terra por estrangeiros. Somado a isso, há a situação da
Previdência que deve ser agravada nos próximos anos, com proposta de aumento
na idade de aposentadoria no meio rural para 65 anos, igualmente para homens e
mulheres; escolha entre benefício ou pensão, sem possibilidade de receber as
duas e; retirada da declaração do sindicato quando o produtor está impedido
de produzir. Joel lembra que o agricultor contribui e paga impostos.

Como nem tudo é terra arrasada, o dirigente acredita que há luz no final
do túnel de 2016. E não é o trem. Apesar de queda na produção do arroz, o
preço deve subir. Para o leite, Joel destaca que o RS tem mão de obra,
espaço, clima e água e que Minas Gerais, outro grande produtor, sofre com a
falta d’água e, nas atuais circunstâncias, os reflexos do desastre ambiental
no Vale do Rio Doce.

A valorização do setor de aves, suínos, ovinos e bovinos e dos grãos
com perspectiva de safra de verão promissora, aliada à união das entidades do
setor leiteiro e da pujança da economia agrícola dentro e fora da porteira e,
especialmente, o reconhecimento gradativo da agricultura familiar são
destacados por ele como pontos fortes. Por outro lado, o atraso no plantio de
arroz, as perdas expressivas, as perdas por alagamento, vendavais e granizo que
resultam em perda na qualidade e aumento dos custos de produção são pontos
que preocupam a Federação.

Fetar-RS

A fundação da Fetar-RS em 27 de novembro, consequência da dissociação
de oito Sindicatos dos Trabalhadores Rurais da Fetag, constituindo estruturas
específicas de agricultores familiares e de assalariados rurais foi uma
mudança significativa para a Fetag nesse ano.

O vice-presidente da Fetag e agora presidente da Fetar-RS, Nelson Wild,
relembrou a 1a Convenção Coletiva firmada em Bagé, em 1985 e disse que a nova
entidade vai combater a informalidade no campo, que hoje é de 40 a 45% e
continuar na defesa do piso regional e da sindicalização dos assalariados
rurais. As informações partem da assessoria de imprensa da Fetag/RS.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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