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AGRICULTURA: Aumento da safra não traz rentabilidade a produtor de MT

11 de setembro de 2019
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Porto Alegre, 11 de setembro de 2019 – Mato Grosso teve um incremento de
9,2% na produção de grãos entre a safra 2018/2019 e a anterior, conforme
divulgação dos dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) na tarde
desta terça-feira (10). Puxado pelo incremento na produção de milho (18,6%),
sobretudo na segunda safra, o aumento da produção não traz resultados de
rentabilidade ao produtor do Estado, tendo em vista a nova tributação que o
produto sofreu em Mato Grosso em 2019, com a cobrança do Fundo Estadual de
Transporte e Habitação (Fethab) Milho. A avaliação é da Associação dos
Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT).

A produção de soja, que traz lucratividade para os agricultores do
Estado, teve um incremento de 0,5% entre as duas últimas safras, como apontam
os dados da Conab. A expectativa do produtor de Mato Grosso era lucrar com a
segunda safra do milho, que obteve desempenho expressivo em função das
condições ideais de plantio.

“Dá para se dizer que o aumento de volume está relacionado à safrinha
de milho, pois tivemos um ano abençoado, com chuvas, plantada dentro da janela.
Porém, o que poderia ser revertido em renda para o produtor para estancar um
pouco o que se teve com a colheita menor de soja, foi uma fatia que o governo
acabou tirando sem o consenso dos produtores, com o Fethab Milho”, ponderou o
vice-presidente da Aprosoja-MT, Fernando Cadore.

O Fethab Milho, tributo que passou a ser cobrado em Mato Grosso em 2019,
com o desconto de R$ 0,50 por saca, foi alvo de protestos e de movimentos
promovidos pela Aprosoja-MT para desmobilizar o governo. A cultura do milho não
traz lucratividade ao produtor. O plantio é realizado para proveito do parque
de máquinas, entre outros fatores. “A cultura principal no Estado é a soja,
que faz a diferença no orçamento do produtor. O milho vem muitas vezes para
compor o parque de máquinas e, neste ano, a gente teve incremento na produção
de milho por conta do clima”, ponderou Fernando Cadore.

2019/2020

A perspectiva da soja para a próxima safra, como avaliou o líder da
entidade, não é de crescimento. Ao contrário, conforme ele, haverá uma
parada no histórico crescente de produção. “A gente deve ter o menor
crescimento histórico dos últimos anos por conta do custo, que pulou de R$ 3,6
mil para quase R$ 4 mil por hectare. Isso vai frear o crescimento”, calculou,
lembrando que o valor é baseado no aumento cambial, que impacta em
praticamente 70% do custo de produção.

A guerra comercial entre China e Estados Unidos também não anima o
produtor mato-grossense de grãos, por conta da baixa dos preços, mesmo diante
de um cenário de safra norte-americana mais enfraquecido, em virtude dos
problemas climáticos enfrentados no país.

“Deveria melhorar o cenário, mas justamente por conta da questão da
guerra entre China e Estados Unidos, os preços têm ficado estacionados, pois
quem dita o preço é a Bolsa de Chicago e ele está sendo balizado na guerra
comercial. Hoje, pelos patamares de demanda e oferta mundial, pelas previsões,
teríamos que estar com Chicago acima de US$ 9 o bushel e a gente sabe que
estamos abaixo de US$ 8,30”, comentou o vice-presidente lembrando ainda que os
prêmios estão sendo necessários para ajustes de preço no Brasil, porém,
sem alcançar o esperado. Com informações da assessoria de comunicação da
Aprosoja.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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Estrela Alimentos - base leitão

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Pamplona* base suíno leitão

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