Porto Alegre, 14 de abril de 2015 – A Caixa Econômica Federal
disponibilizou 2,1 bilhões de reais para o segundo trimestre de 2015 para a
linha de crédito rural Custeio Antecipado, com antecipação dos limites da
próxima safra e a manutenção da taxa de juros atuais, informou o banco nesta
terça-feira.
A medida ocorre após reclamação de representantes do setor produtivo
sobre um represamento nas linhas de pré-custeio.
As vendas antecipadas de fertilizantes e defensivos para a safra 2015/16
de soja do país estão sendo prejudicadas no Centro-Oeste pela falta de
liberação de crédito.
“O financiamento oferece ao produtor rural a possibilidade de obter
recursos para o custeio de suas lavouras até 270 dias antes do início do
plantio, podendo comprar os insumos que precisa bem antes da hora”, disse a
Caixa, em nota.
A linha está disponível para culturas como soja, milho, arroz, trigo,
feijão e sorgo.
Para o ano-safra 2014/15, que termina em junho, o banco projeta atingir
mais de 6 bilhões de reais em financiamento de custeio, investimento e
comercialização para produtores rurais, agroindústrias e cooperativas.
A carteira de crédito rural da Caixa ultrapassou 5,6 bilhões de reais de
saldo em operações ativas, informou o banco.
Há alguns anos a Caixa passou a atuar com mais força no setor de
crédito rural, tradicionalmente dominado pelo Banco do Brasil.
No fim de março, o Banco do Brasil indicou à Reuters que estava sendo
cuidadoso na concessão de crédito para a próxima safra.
“Em relação à estratégia de antecipação de recursos do próximo
ciclo, que se inicia em 1 de julho, o banco avalia as condições de mercado,
demanda e conveniência para atuação”, afirmou o banco em comunicado, na
época.
Produtores rurais e empresas do setor também aguardam detalhes do Plano
Safra da safra 2015/16.
O governo já sinalizou para juros mais elevados.
Na véspera, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse em uma feira
agrícola no interior de Goiás que as linhas de financiamento da nova temporada
serão ofertadas em condições condizentes com o ajuste fiscal, com menos
subsídio por parte do Tesouro Nacional.
“Estamos no meio de um período de ajuste e reequilíbrio muito
importante para criar base para voltarmos a crescer e vários setores estão
sendo afetados. O setor da agroindústria é menos afetado. Mas é muito
importante realismo de preços e realismo nos juros”, disse o ministro. As
informações partem do site da Reuters.
Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência Safras
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 20/06/2025
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R$ 1.750,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.300,00Milho Saca
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Atualizado em: 17/06/2025 09:45