SAFRAS (31) – O cooperativismo gaúcho registrou faturamento de R$ 28,2
bilhões em 2013, gerando R$ 1,5 bilhão de renda ao Estado, com expansão de
19,2% da arrecadação de impostos do setor. Dados do Sistema Ocergs-Sescoop/RS,
divulgados ontem, em coletiva à imprensa, mostram que este desempenho está
vinculado ao crescente aumento de ingressos em todos os ramos de cooperativas,
que nos últimos cinco anos foi de 64,4%. Ao todo, o setor responde por 54 mil
empregos diretos no Rio Grande do Sul e atende 2,8 millhões de sócios.
Segundo o presidente da entidade, Vergilio Perius, o Sistema
Ocergs-Sescoop/RS, a cada dia, soma cerca de 500 novos associados. De acordo com
o dirigente, a expectativa é de que o número de ingressos continue evoluindo
neste patamar nos próximos dez anos. Ele destaca que um dos atrativos do
sistema de cooperação para profissionais vinculados às empresas do setor é o
salário médio pago aos colaboradores, que supera em 26,2% o valor pago pelas
companhias privadas.
Comemorando o bom momento do sistema no Estado e lembrando que, há
alguns anos atrás, as cooperativas viviam um cenário bem menos promissor,
Perius destacou que 2013 foi excelente para todos os ramos do cooperativismo. O
agronegócio foi o que obteve maior crescimento (18,17%) em relação a 2012,
com faturamento de R$ 18,7 bilhões, puxado pelos setores de soja e de leite. De
acordo com o presidente da Ocergs-Sescoop/RS, atualmente, 63% da produção do
mercado de laticínios no Estado é suprido por cooperativas, que geram
diariamente 16,3 milhões de litros de leite. Já o crédito faturou R$ 3,9
bilhões, tendo crescido 11,86% em 2013. Ambos os setores geraram R$ 882,2
milhões nas sobras antes das destinações, o que representa mais de 88% do
volume total. “Nos últimos cinco anos, as cooperativas gaúchas triplicaram
suas sobras”, ressaltou o dirigente da entidade.
Também os ramos de infraestrutura e saúde apresentaram bom desempenho
no faturamento do ano passado, somando R$ 4,72 bilhões. Juntos, os dois setores
ainda geram 12,3 mil empregos diretos e contam com 470,2 mil associados. De
acordo com os dados do Sistema Ocergs-Sescoop/RS, os ramos de agronegócio,
crédito e saúde são os que reúnem maior número de cooperativas,
correspondendo a 65% destas empresas no Estado.
Na área da saúde, onde 57% dos usuários do Rio Grande do Sul estão
nas mãos do cooperativismo, a entidade anunciou projetos de construção de
três novos hospitais, um deles em Porto Alegre, próximo à Arena do Grêmio,
com 300 leitos previstos, mas ainda aguardando licenças de órgãos públicos
municipais e estaduais. “Sob o ponto de vista social, é eminentemente
importante o processo do cooperativismo na área da saúde, em vista de que se
liberam leitos para os pacientes do SUS”, considerou Perius ao lembrar que o
Sistema Unimed já construiu, nos últimos anos, sete hospitais próprios e
está presente nos 497 municípios do Estado.
Outros desafios para os próximos anos, segundo o dirigente da
Ocergs-Sescoop/RS, são ainda a integração dos setores de trigo, arroz e
leite; a manutenção do crescimento no ramo de crédito; e a execução de
projeto em conjunto com cinco principais cooperativas de trigo da região das
Missões, para a construção de um moinho com capacidade de grande escala.
Conforme o diretor-secretário da entidade, Paulo Cézar Pires, o equipamento
– que exige um investimento de aproximadamente R$ 10 milhões – deve elevar
a capacidade de esmagamento do cereal e permitir a produção de farinhas
específicas, já com foco no atendimento de outros estados brasileiros.
“Temos um problema sério de estrutura com a falta de moinhos no Rio Grande do
Sul, onde, nas cooperativas, estes equipamentos ainda são artesanais”,
justificou Pires. As informações partem do Jornal do Comércio.
(CBL)
Cotação semanal
Dados referentes a semana 22/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 71,50Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 1.975,00Preço base - Integração
Atualizado em: 22/11/2024 17:50