Porto Alegre, 16 de março de 2015 – Os recursos aplicados no crédito
rural do País para agricultura empresarial em custeio, investimento e
comercialização alcançaram R$ 94,1 bilhões, de julho de 2014 a janeiro deste
ano, o que corresponde a 60,3% do total programado para o ano safra 2014/2015,
de R$ 156,058 bilhões. O valor consta no Plano Agrícola e Pecuário (PAP)
anunciado em maio do ano passado pelo governo federal.
“A partir de fevereiro e março, as contratações em operações de
custeio de produtos da safra de inverno, com destaque para o trigo, o milho
segunda safra, e empréstimos de comercialização para os grãos que se
encontram em fase de colheita serão intensificados.
Também deverão ter uma demanda forte os financiamentos para
investimentos”, explicou Wilson Vaz de Araújo, diretor do Departamento de
Economia Agrícola, da Secretaria de Política Agrícola, do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
O resultado apresenta um decréscimo de 3,4% em relação a igual
período de 2013/2014, quando foram aplicados R$ 97,4 bilhões. De acordo com a
Secretaria de Política Agrícola, a aplicação menor foi resultado da
redução dos financiamentos a agroindústrias, que não vêm tendo o mesmo
comportamento do período anterior. O crédito agroindustrial é destinado a
indústrias exportadoras (inclusive trading), que comercializem, beneficiem ou
industrializem produtos agropecuários adquiridos diretamente de produtores
rurais ou de suas cooperativas, em atividades como: usinas de álcool e açúcar
e destilarias, indústria de farinha de trigo, indústrias de suco de laranja.
Apoio ao médio produtor rural
Para custeio e comercialização foram programados para a safra
2014/2015, o valor de R$ 111,9 bilhões, dos quais R$ 67,3 bilhões (60%) foram
aplicados no período. Já para investimentos, dos R$ 44,1 bilhões programados,
foram investidos R$ 26,7 bilhões, o que corresponde a 60,6% do total.
As contratações para o médio produtor, no âmbito do Programa
Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), atingiram R$ 7,79 bilhões
em recursos para custeio. Já para operações de investimento, o programa
aplicou R$ 3 bilhões. O Pronamp, ao todo, conta com R$ 16,105 bilhões para a
safra atual.
Entre os programas na modalidade investimentos, os financiamentos
destinados ao Programa de Sustentação do Investimento (PSI-BK) contabilizaram
R$ 8,5 bilhões para a aquisição de máquinas agrícolas. Desde janeiro deste
ano, a aquisição de tratores, implementos associados e colheitadeiras passou a
ser financiada basicamente pelo programa Moderfrota, reativado neste Plano
Safra. Estão programados R$ 3,7 bilhões para esse programa e foram
contratados, até agora, R$ 136,7 milhões.
O Programa de Construção e Ampliação de Armazéns (PCA) totalizou R$
2,2 bilhões. Somam-se a esses mais R$ 366 milhões aplicados no âmbito do PSI
– Cerealistas. Já o Programa ABC (Agricultura de Baixo Carbono) respondeu
por R$ 2,2 bilhões, de um total disponibilizado de R$ 4,5 bilhões.
Para o Moderagro e o Moderinfra – foram disponibilizados R$ 500 milhões
para cada um deles e investidos R$ 152,7 milhões e R$ 190 milhões
respectivamente.
O Prodecoop (Programa de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de
Valor à Produção Agropecuária) e o Procap – Agro têm recursos disponíveis
de R$ 2,1 bilhões e R$ 3 bilhões, dos quais já foram aplicados R$ 539
milhões e R$ 1,2 bilhão, respectivamente.
A avaliação é realizada mensalmente pelo Grupo de Acompanhamento do
Crédito Rural, coordenado pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. As informações partem
da Assessoria de Comunicação Social do Mapa.
Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência Safras
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Atualizado em: 17/06/2025 09:45