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AGRICULTURA: FAESP orienta produtores paulistas afetados por chuvas

9 de fevereiro de 2022
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Porto Alegre, 9 de fevereiro de 2022 – A Federação da Agricultura e
Pecuária do Estado de São Paulo (FAESP) está orientando os produtores
paulistas que foram afetados pelas chuvas das últimas semanas a buscarem os
Sindicados Rurais dos seus municípios para relatarem os danos e perdas
individuais nas propriedades.

“Esse levantamento das informações, em parceria com o trabalho de campo
realizado pelas Casas de Agricultura, irá contribuir para reunir os subsídios
necessários para a FAESP elaborar as demandas e verificar a viabilidade de
criação ou ampliação de linhas de crédito emergenciais para recuperação
da estrutura produtiva e manutenção das atividades”, afirma o presidente da
FAESP, Fábio de Salles Meirelles.

De acordo com o presidente da Federação, o Sindicato Rural também
poderá orientar os produtores quanto à prorrogação das operações de
crédito, acesso ao Programa de Garantia a Atividade Agropecuária (Proagro) e
à cobertura do seguro rural.

Em vista da extensão dos danos apurados no município e extensões de
base, a FAESP recomenda ainda que o Sindicato Rural procure a Prefeitura para
solicitar a decretação de situação de emergência. “Essa medida é
primordial, pois ajudará os produtores em seus pedidos de prorrogação dos
contratos de financiamento e poderá viabilizar o acesso a eventuais medidas de
apoio publicadas pelo governo federal”, afirma Meirelles.

“Outras propostas podem surgir nessa aproximação com a Prefeitura, como
a elaboração de um plano emergencial para recuperação das estradas
vicinais, reconstrução de pontes e a realização de obras de desassoreamento
de córregos e rios”, complementa.

Para os produtores que têm quebra de safra consolidada, a FAESP está
compartilhando as seguintes orientações gerais a serem repassadas pelos
Sindicatos Rurais:

1 – Produtores que possuem financiamentos de investimento ou custeio em aberto e
que terão dificuldade para cumprir com o pagamento, devem formalizar
imediatamente a intenção de prorrogar os contratos, antes do vencimento da
operação, junto ao banco, com base no Manual de Crédito Rural 2.6.4. Os
pedidos devem estar acompanhados de laudo técnico, fotos datadas, eventual
decreto de situação de emergência ou calamidade pública que possa auxiliar
na comprovação das perdas, além de planilha contendo o demonstrativo de
capacidade de pagamento do produtor. A FAESP disponibiliza aos produtores rurais
interessados os modelos para solicitação de prorrogação de débito. Com o
pedido e a comunicação dos danos ao agente financeiro, deve ser agendada
vistoria técnica para a constatação das perdas e complementação do laudo e
demais documentos necessários.

2 – No caso de operações de crédito com cobertura pelo PROAGRO e PROAGRO
MAIS, os produtores devem comunicar imediatamente as perdas aos agentes
financiadores e colocar suas propriedades à disposição para vistoria de
comprovação de perdas, a fim de acionar esse dispositivo contratual. A
comunicação fora do prazo implica a perda de direito de cobertura.

3 – Produtores que comercializaram sua safra futura e, eventualmente, não
consigam cumprir com o contrato, recomenda-se diálogo com a parte compradora, a
fim de buscar entendimento, em conformidade com os instrumentos pactuados. “O
Departamento Jurídico da FAESP está à disposição para prestar assessoria
técnica, mediante consulta e apresentação dos contratos”, ressalta Fábio
Meirelles.

4 – Já os produtores que dispõem de seguro rural devem acionar imediatamente a
seguradora para comunicar o sinistro e solicitar a vistoria no local. A não
comunicação do sinistro no prazo devido pode implicar a perda do direito de
indenização.

5 – Adicionalmente, para minimizar os possíveis danos e perdas provocadas pelas
chuvas anuais de verão e eventos climáticos adversos futuros, é importante
que os produtores busquem orientação técnica na CATI/SAA-SP e capacitação
por meio do SENAR-SP, a fim de aprimorar as estratégicas de gestão de riscos e
dos processos produtivos, administrativos, comerciais e ambientais de sua
propriedade rural”, ressalta o presidente da FAESP/SENAR-SP.

PERDAS

A FAESP realizou uma análise preliminar, a partir de um levantamento junto
aos Sindicatos Rurais, dos danos e perdas prováveis na produção
agropecuária das regiões do Alto Tietê e Vale do Paraíba, cujos municípios
foram afetados pelas chuvas excessivas e constantes das últimas semanas.

Foi apurado que o excesso de chuvas prejudicou a colheita, o transporte e a
qualidade, principalmente, das hortaliças e folhosas em geral, por contemplar
culturas perecíveis e de elevada sensibilidade, além de perdas reportadas na
produção do leite.

De uma maneira geral, o solo encharcado e a elevada umidade têm
dificultado a locomoção de máquinas, veículos e de trabalhadores para a
execução de operações agrícolas (plantio, manejo de pragas, colheita) e
comerciais. Muitas estradas vicinais e caminhos internos nas propriedades rurais
sofreram estragos pelas chuvas, comprometendo a infraestrutura e em alguns
casos até mesmo inviabilizando o escoamento dos produtos e insumos.

Além disso, devido a incidência de doenças e pragas que são favorecidas
pelo excesso de umidade, a qualidade dos produtos foi afetada e o custo de
manutenção das lavouras tende a aumentar.

HORTALIÇAS

No Alto Tietê, na região de Mogi das Cruzes, ocorreram perdas pontuais
que podem chegar a 100%, como nas propriedades que estão nas várzeas mais
próximas ao Rio Jundiaí e Rio Tietê, nos bairros de Jundiapeba, Santo Ângelo
e Cocuera.

Um exemplo foi uma área de assentamento com mais de 500 produtores, onde
as perdas foram significativas nas produções de alface, cebolinha, coentro e
salsinha, pois os pontos ficaram completamente alagados. Para as demais áreas
da região, em cultivos não protegidos e sem o uso de mulching, estimam-se
perdas de 30% a 40% na produção de alface e folhosas.

Há relatos de perdas na qualidade dos produtos, pois com a raiz encharcada
a planta não consegue mais absorver nutrientes, ficando mais suscetível às
doenças. Os produtores enfrentam ainda dificuldades de trabalhar a terra,
retomar o plantio, arar o solo e abrir novos canteiros, o que pode reduzir a
oferta no curtíssimo prazo.

Em Suzano, no mínimo 50% da produção de hortaliças pode ter sido
perdida. Já na região de Ibiúna, outro importante produtor de hortaliças no
Estado, as perdas ainda estão sendo dimensionadas em campo, no entanto, alguns
produtores de alface podem ter tido 100% de suas áreas comprometidas.

LEITE

No caso da pecuária de leite, embora não haja inicialmente relatos de
maiores perdas de produção em Cruzeiro e Pindamonhangaba, as chuvas excessivas
no Vale do Paraíba têm dificultado a colheita de milho para produção de
silagem, o que irá impactar na qualidade e produtividade da silagem. Os
produtores relataram ainda danos diversos na infraestrutura e nas instalações
das propriedades. Estima-se um universo de 100 produtores afetados em
Pindamonhangaba.

Em Guaratinguetá, a dimensão exata ainda está sendo avaliada, mas os
primeiros registros apontam perdas de até 10% na produção de leite. As fortes
chuvas provocaram interrupção no fornecimento de energia elétrica, afetando
a ordenha e o resfriamento do leite. Além disso, muitas estradas vicinais
ficaram intransitáveis em algumas localidades, prejudicando ou mesmo
inviabilizando o transporte do leite. As informações partem da assessoria de
imprensa da FAESP.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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