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AGRICULTURA: Investimentos de R$ 132,1 mi aumentam competitividade no PR

29 de dezembro de 2014
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Porto Alegre, 29 de dezembro de 2014 – Os investimentos em infraestrutura
no meio rural foram priorizados no Paraná, nos últimos quatro anos, para
reduzir custos no transporte da produção, melhorar a competitividade do
produto paranaense e aumentar a renda do agricultor na propriedade. De 2011 a
2014, foram aplicados R$ 132,1milhões em diversos programas e ações que
beneficiam os produtores de todo o Estado, com a adequação de estradas rurais,
apoio à distribuição de calcário, incentivo à atividade leiteira,
produção de café, apoio ao manejo e conservação de solos em microbacias,
entre outros.

A retomada do programa de calcário, por exemplo, beneficiou mais de 28 mil
agricultores familiares e foram readequados e melhorados em torno de 6,5 mil
quilômetros de estradas rurais, com a aplicação de R$ 60 milhões.

Para melhoria das estradas, o Governo do Estado vem apoiando os municípios
e os agricultores em três frentes – repasse de recursos para as prefeituras
comprarem óleo diesel, insumo necessário para a movimentação das máquinas
já existentes; recuperação das estradas com as Patrulhas Rurais, em que o
governo disponibiliza um conjunto de máquinas para fazer a adequação de
estradas, em parceria com as prefeituras; e a pavimentação com pedras
irregulares de trechos escolhidos pelas administrações municipais para
facilitar o escoamento de maior volume de mercadorias.

Para o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, o
investimento na estrada rural, uma das principais reivindicações dos
agricultores, foi a forma encontrada para apoiar o produtor no município onde
ele mora. “Além de melhorar o tráfego para a produção rural nessas
regiões, contribuímos também para o acesso de crianças e adultos a serviços
nas áreas da saúde e educação”, disse Ortigara.

O Governo do Estado disponibilizou 30 Patrulhas Rurais, um conjunto de
máquinas pesadas, caminhões e equipamentos que são usados para readequação
de estradas rurais, um trabalho integrado com as técnicas de conservação de
solos feitas nas propriedades por meio de outros programas da Secretaria da
Agricultura, como o de Conservação de Solos e Água em Microbacias e o Plante
Seu Futuro, que têm gerado bons resultados na racionalização do uso de
agrotóxicos nas lavouras.

Também foram investidos R$ 13,8 milhões em 381 municípios para a compra
de óleo diesel pelas prefeituras, o que permitiu a melhoria de 2,8 mil
quilômetros de estradas rurais.

Os trabalhos das Patrulhas Rurais seguem os projetos técnicos elaborados
pela Companhia de Desenvolvimento Agropecuário do Paraná (Codapar), que
também é responsável por incentivar e apoiar a formação de consórcios
intermunicipais para receberem e organizarem o uso dos equipamentos nos
municípios, além atuar no treinamento e capacitação dos operadores de
máquinas e dos agentes públicos municipais e dos consórcios. As prefeituras
se responsabilizam pelo custeio de pessoal.

Este trabalho foi iniciado em 2013 e promoveu a adequação de 3.190
quilômetros de estradas rurais, com investimento de R$ 14,7 milhões por meio
da Secretaria da Agricultura. “O desafio do Governo do Estado é ampliar esta
ação, chegando a 60 patrulhas em 2015 para atender os consórcios municipais
já formados”, explica Ortigara. Destas, nove patrulhas deverão ser compradas
com recursos do Banco Mundial, que está financiando o programa Pró-Rural.

Ortigara explicou que a iniciativa foi elogiada pelos prefeitos e
agricultores porque facilitou o escoamento de todo o tipo de produto que sai das
propriedades, como grãos, suínos, madeira, aves, leite, hortaliças, frutas.

Uma terceira frente de trabalho para a melhoria das condições das
estradas rurais aconteceu em parceria com a Secretaria de Infraestrutura e
Logística para pavimentação, com pedras irregulares, de trechos prioritários
de estradas nos municípios.

Os investimentos voltados à melhoria das estradas rurais somam R$ 107,7
milhões para a adequação de 632 quilômetros, obras que vão beneficiar
diretamente 51 mil produtores rurais.

A secretaria estadual da Agricultura destinou ainda, desde 2011, R$ 10,5
milhões para programas voltados à olericultura, fruticultura e agroindústria
e, também, à infraestrutura em assentamentos e para apoio à realização de
feiras de produtores.

No programa de Gestão dos Solos e Água em Microbacias, as ações
executadas já envolveram a elaboração de 110 planos de ação nas microbacias
definidas, que envolvem 7.400 famílias de agricultores familiares. A previsão
é investir R$ 8,3 milhões, com financiamento do Banco Mundial, na
recuperação das microbacias e transformá-las em referência de
desenvolvimento integrado.

Para que isso aconteça, na área da microbacia devem se concentrar todos
os programas de governo, como manejo e conservação de solos e água, controle
de erosão e plantio direto de qualidade, entre outros. A microbacia escolhida
deve ser predominante ocupada por agricultores familiares.

Outro investimento em infraestrutura – R$ 900 mil do Pró-Rural – foi a
compra de 30 veículos para atender ações nos 131 municípios de atuação do
programa. Mais R$ 430 mil em recursos do Governo do Estado complementaram
aplicações de recursos federais em ações para suporte à cafeicultura, com
instalações de unidades demonstrativas para capacitação dos produtores,
desenvolvimento da pecuária leiteira e crédito fundiário, entre outros.

O Governo do Paraná retomou o programa de calcário, um insumo fundamental
para correção do solo, que estava suspenso há nove anos. O Estado produz
mais de 4 milhões de toneladas de calcário, volume concentrado na Região
Metropolitana de Curitiba e nos Campos Gerais. O calcário é barato na mina,
mas chega com preço bem mais alto às propriedades mais distantes. “Por isso,
é o primeiro produto no qual o agricultor familiar deixa de investir quando o
orçamento é reduzido. O uso do calcário é importante porque corrige a acidez
do solo, melhora a fertilidade e torna o solo mais propício ao pleno
desenvolvimento da planta”, salientou o secretário.

“O agricultor precisa tratar com carinho o solo. Controlar a erosão, ter
um solo melhor para que as sementes ou mudas atualmente disponíveis, que são
resultado do avanço da pesquisa agronômica, possam se desenvolver com o
máximo de seu potencial”, disse Ortigara.

O governador Beto Richa decidiu retomar o programa, liberando R$ 28,4
milhões nos últimos quatro anos, recursos que beneficiaram agricultores
familiares em mais de 350 municípios do Paraná. “O programa de calcário
deverá ter continuidade de 2015 a 2018 para ajudar o pequeno agricultor a ser
mais competitivo, com custo controlado, e apto a praticar uma agricultura
comparável às melhores do mundo”, completou Ortigara.

O Paraná vem desenvolvendo a cadeia produtiva de leite do Estado através
de projetos que auxiliam agricultores familiares a aumentar a produtividade e a
qualidade do leite. Atualmente, o Paraná conta com programas voltados à
atividade leiteira em cinco regiões – Arenito Caiuá, Sudoeste, Vale do
Iguaçu, Território Paraná Centro e Norte Pioneiro.

Nos últimos quatro anos foram aplicados R$ 4,7 milhões em ações para a
capacitação de técnicos e produtores e na instalação de Unidades de
Referência, em que propriedades selecionadas recebem as novas tecnologias
disponíveis na pecuária leiteira e servem como modelo para os produtores que
vivem ao seu redor. A capacitação de técnicos é feita tanto para aqueles que
pertencem à extensão rural oficial como para os que pertencem aos quadros das
prefeituras e dos laticínios. Com informações da Agência de Notícias da
Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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