Porto Alegre, 3 de outubro de 2016 – O secretário-executivo do Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Eumar Novacki, embarcou sábado (1)
para uma missão de 15 dias em quatro países: Itália, Japão, Armênia e
Rússia. Na primeira parte da viagem, ele participará de um painel da
Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), no
qual falará sobre “Tendências de longo prazo dos preços da commodities e
desenvolvimento agrícola sustentável”. A reunião será realizada nesta
segunda-feira, em Roma.
Em seu discurso, Novacki vai apresentar dados da Embrapa Imagens mostrando
que 61% do território brasileiro continua preservado. “Vamos rebater
posicionamentos da FAO que são equivocados em relação à agricultura
brasileira, como a questão da pecuária como grande emissora de gás carbônico
e pelo desmatamento das nossas terras. Isso não condiz com a realidade. Ao
contrário, temos a legislação ambiental mais rigorosa do mundo”, afirmou.
Outro ponto a ser defendido pelo secretário-executivo do Mapa é o de que
os produtos agropecuários brasileiros sejam vistos no exterior como um padrão
de qualidade e sustentabilidade. “Ao serem obrigados a preservar de 20% até
80% de suas propriedades, os fazendeiros brasileiros prestam grande serviço ao
mundo tanto do ponto de vista da conservação da biodiversidade quanto do
enfrentamento das mudanças climáticas. E isso tem que ser reconhecido de
alguma forma.”
Japão, Rússia e Armênia
Da Itália, o secretário-executivo do Mapa segue para o Japão, onde irá
tratar da abertura e ampliação do mercado de carnes brasileiras e discutir
questões tarifárias para suco de laranja e café. Novacki informou que está
na pauta de discussão com o governo japonês a exportação de carne bovina
termoprocessada. Já a negociação para exportação da carne in natura só
deve ser concluída em um ano e meio.
O secretário-executivo disse ainda que pretende abrir para todos os
estados brasileiros a exportação de carne suína para o Japão, que compra
atualmente apenas de Santa Catarina. Em contrapartida, os japoneses querem
vender para o Brasil carnes da raça wagyu. “Não vejo qualquer problema
nisso”, comentou.
Novacki também deve formalizar com os japoneses um acordo de cooperação
para troca de tecnologia e compartilhamento de informações meteorológicas que
vão aumentar em dez vezes a precisão das previsões do tempo. A parceria com
o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) já vinha sendo discutido há algum
tempo.
A terceira etapa da missão será na Rússia, onde Novacki deverá negociar
a ampliação do número de plantas frigorificas autorizadas a exportar carnes.
Também devem entrar na mesa de discussão a abertura do mercado para mel,
frutas, ovos, lácteos e rações para animais de pequeno porte (pets). Por sua
vez, os russos pretendem aumentar as exportações de pescados e trigo para o
Brasil.
A etapa final da viagem será para transformar em acordos comerciais
memorandos de entendimento e cooperação assinados pelo presidente Michel Temer
e o presidente da Armênia, Serzh Sargsyan, durante visita do armênio ao
Brasil em agosto. “Será a primeira missão oficial após a visita e a ideia é
estender ao mercado de carnes armênio a possibilidade de exportação dos
mesmos estabelecimentos que já atendem a Rússia”, assinalou Novacki. Com
informações da assessoria de imprensa do Mapa.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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