Porto Alegre, 24 de setembro de 2019 – Se nas gôndolas dos supermercados
os preços tiveram uma alta de 4,12% nos últimos 12 meses, no campo o produtor
convive com uma deflação de 3,33% no mesmo período. A comparação entre o
IPCA Alimentos e o IIPR (Indice de Inflação dos Preços Recebidos pelo
Produtor Rural) mostra que é equivocada a ideia de que há uma relação direta
entre os indicadores. Os dados estão no relatório de Indices de Inflação
do Agronegócio do Rio Grande do Sul, divulgados nesta terça-feira (24/9) pelo
Sistema Farsul.
Em relação ao mês de agosto, a alta da soja, em decorrência da
valorização da taxa de câmbio, garantiu um crescimento de 2,89% no IIPR,
também influenciada pelo preço do arroz. O resultado só não foi maior pela
queda nos preços dos suínos e leite. Já o Indice de Inflação dos Custos de
Produção (IICP) apresentou retração pelo terceiro mês consecutivo,
fechando com queda de 0,34%, mesmo com a taxa cambial com crescimento próximo
de 9%. Neste período os preços de inseticidas para algumas culturas costumam
estar mais acessíveis ao produtor, o que influência no indicador.
Com a queda nos últimos meses, o IICP acumulado do ano registra redução
de 1,50%. Mas, nos últimos 12 meses o resultado é uma alta de 0,81%, reflexo
do final do ano passado marcado pelo aumento dos custos de produção. De
janeiro de 2018 até maio de 2019, o IICP vinha obtendo valorização mais
rapidamente que o IPCA, situação alterada a partir de junho. Com informações
da assessoria de imprensa da Farsul.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 15/08/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,57Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.665,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.400,00Milho Saca
R$ 68,75Preço base - Integração
Atualizado em: 19/08/2025 08:45