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AGRICULTURA: Presidente da CNA fala dos desafios para atender produtor

13 de dezembro de 2017
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Porto Alegre, 13 de dezembro de 2017 – Ao tomar posse nesta terça (12) em
uma solenidade, em Brasília, o presidente da Confederação da Agricultura e
Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, falou dos principais desafios do seu
mandato e da necessidade de o sistema estar cada vez mais preparado para atender
ao produtor rural.

O presidente da República, Michel Temer, ministros de Estado,
parlamentares, lideranças do setor agropecuário, presidentes de Federações
de Agricultura e Pecuária e sindicatos rurais, entre outras autoridades,
estiveram presentes na solenidade de posse em Brasília. João Martins terá
mandato de quatro anos (2018/2021), juntamente com seis vice-presidentes e seis
membros do Conselho Fiscal.

Na solenidade de posse foi assinado o termo de cooperação técnica e
financeira entre o SENAR, Ministério da Transparência, Controladoria-Geral da
União e o Instituto Cultural Maurício de Sousa para desenvolver o projeto
“Um por Todos e Todos por Um! Pela Ética e Cidadania”. O publicitário
Nizan Guanaes também fez uma palestra sobre o tema “O Agronegócio Brasileiro
e a Visão para o Futuro”.

O presidente da CNA começou o seu discurso afirmando que hoje o “passado
não pode ser mais o nosso único conselheiro” e que o “futuro é algo
sempre novo e diferente” que requer uma “nova disposição mental”.

“É com este estado de espírito que inicio este meu mandato, sabendo que
o que nos espera, a mim, aos meus companheiros e colaboradores da CNA, e aos
produtores rurais brasileiros, é uma realidade que se transforma de forma
acelerada, contínua, e fora de nosso controle direto”.

Ao fazer referências ao ritmo acelerado das mudanças no mundo atual,
João Martins lembrou que a “vida sindical”, seja do lado dos empregados,
seja do lado dos empreendedores, está em transformação a todo o mundo.

“A natureza dos conflitos que os sindicatos visavam expressar e mediar no
passado foi radicalmente alterada pelas novas formas de organização da
produção impostas pelas tecnologias de informação”.

Depois que a nova legislação trabalhista rompeu os laços compulsórios e
o financiamento automático das organizações, continuou o presidente da CNA,
sindicatos, federações e confederações precisam de novos modos de
recrutamento e fidelização dos seus membros.

No seu discurso, Martins disse ser necessário responder às
perguntas-chave: Por que esta organização existe? A nossa atividade e o nosso
trabalho correspondem a uma autêntica demanda da comunidade que desejamos
representar? “As respostas a estas indagações determinarão o nosso
destino”.

E daqui para frente, apesar das vinculações legais que ainda persistem,
é preciso, segundo o presidente da CNA, que as organizações sejam cada vez
mais “voltadas para o cliente, num ambiente aberto e competitivo”.

“Assumo este mandato e estes desafios porque, como produtor rural que
sou, estou certo da necessidade de nossa representação sindical para os
produtores”.

O universo descentralizado de centenas de milhares de produtores espalhados
pelo país, trabalhando em condições variáveis e muitas vezes vítimas de
fatores adversos, faz com tenham que ser tratados numa escala coletiva.

“Precisamos de um diálogo coletivo com os poderes do Estado. Precisamos
de uma interlocução inteligente e informada com a sociedade, com os
consumidores, com as mídias. Precisamos ser um centro de referência capaz de
captar e reunir as demandas individuais. E precisamos, por fim, ser a voz
amplificada e autorizada que unifique nosso discurso e nossa ação”, afirmou
Martins no discurso.

Por isso é necessário “repensar toda a nossa organização” com foco
num modelo sindical que seja o ambiente comunitário da maioria dos produtores.
E eles, “reunidos voluntariamente em razão do seu interesse”, devem atuar
como sensores capazes de informar sobre os problemas de toda a natureza.

“Nosso desafio, como sistema, agora, é criar valor para o mundo dos
produtores rurais que escolherem, por si mesmos, integrar a nossa comunidade”.

O presidente da CNA afirmou que aprendeu a apreciar e a estimar os
companheiros de diretoria e os colaboradores técnicos e administrativos, “uma
comunidade de gente capaz e inovadora”. Por isso, “podemos ser muito bem
sucedidos nesta tarefa de reinventar a nossa organização. Porque é isto o que
vamos fazer”.

Benefícios do agro

No seu discurso, o presidente fez uma memória sobre a evolução da
agricultura e pecuária e disse que o “efeito transformador de nossa
revolução agrícola é certamente o fato mais importante de nossa história
econômica recente e continua abrindo muitas perspectivas para o desenvolvimento
futuro do país”.

Mas que é preciso que o estado brasileiro no seu conjunto _Executivo,
Legislativo e Judiciário_ compreenda e adote a agenda da produção rural e
suas cadeias produtivas sem privilégios nem preconceitos. “O agro é espaço
fundamentalmente da iniciativa privada e precisa do ambiente capitalista de
respeito à propriedade, ao lucro e à liberdade de empreender. Nosso lema na
CNA é que sem liberdade econômica não há agricultura”.

O presidente da CNA também falou dos problemas de infraestrutura e
logística fora da porteira que afetam a competitividade e grupos organizados
que atuam além de suas fronteiras nacionais e escolhem a produção rural como
alvo predileto.

“A agricultura precisa é de insumos modernos de tecnologia, de mercados
livres, e não das palavras tóxicas da retórica ideológica”.

O presidente da CNA lembrou que a pauta do setor é ampla e complexa,
“nossas armas são apenas a razão e o convencimento, mas a nossa causa, tenho
certeza, é do interesse de toda a nação brasileira”. E que é “preciso
que produtores, pessoas ou empresas, sejam colocados sempre no alto pedestal das
entidades imprescindíveis”.

E finalizou o discurso dizendo que “precisamos nos libertar do fascínio
do estado e da burocracia, para nos tornarmos uma sociedade de empreendedores.
Esta deve ser a nossa luta permanente”.

Defesa do setor

Em seu pronunciamento, o presidente Michel Temer destacou a importância do
setor agropecuário para o país e afirmou que para fazer o que o Brasil
precisa é necessário “passar pelo agro” e que o segmento protege a
economia. “Os dados econômicos hoje estão ancorados na agropecuária”.

Ele também criticou a divisão que se faz hoje entre agricultura familiar
e empresarial e elogiou o trabalho desenvolvido por João Martins à frente da
CNA, além de mencionar a presença de representantes das 27 unidades da
Federação na posse.

Por último, disse que o agro pode contar com o governo federal para “a
prosperidade do setor”.

Veja a composição da Diretoria e do Conselho Fiscal da CNA para o período
2017/2021:

Diretoria

– Presidente: João Martins da Silva Junior (Federação da Agricultura e
Pecuária do Estado da Bahia – FAEB);
– 1 Vice-Presidente: Roberto Simões (Federação da Agricultura e Pecuária
do Estado de Minas Gerais – FAEMG);
– 2 Vice-Presidente: José Mário Schreiner (Federação da Agricultura e
Pecuária de Goiás – FAEG);
– 1 Vice-Presidente de Finanças: José Zeferino Pedrozo (Federação da
Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina – FAESC);
– 2 Vice-Presidente de Finanças: Muni Lourenço Silva Júnior (Federação da
Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas – FAEA);
– 1 Vice-Presidente de Secretaria: Mário Antônio Pereira Borba (Federação
da Agricultura e Pecuária da Paraíba – FAEPA);
– 2 Vice-Presidente de Secretaria: Júlio da Silva Rocha Júnior (Federação
da Agricultura e Pecuária do Estado do Espírito Santo – FAES);

Conselho Fiscal

Efetivos:

– Maurício Koji Saito (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do
Sul – FAMASUL);
– Raimundo Coelho de Sousa (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do
Maranhão – FAEMA);
– Hélio Dias de Souza (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de
Rondônia – FAPERON).

Suplentes:

– Silvio Silvestre de Carvalho (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado
de Roraima – FAERR);
– Luiz Iraçú Guimarães Colares (Federação da Agricultura e Pecuária do
Estado do Amapá – FAEAP);
– Ivan Apostolo Sobral (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de
Sergipe – FAESE).

As informações partem da assessoria de comunicação da CNA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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