AGRICULTURA: Recurso escasso pode deixar produtor sem subvenção do seguro

Porto Alegre, 19 de agosto de 2015 – O volume de recursos orçamentários
do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural para este ano será 47%
menor em relação à 2014. Conforme o novo cronograma de distribuição
definido pelo Comitê Gestor Interministerial do Seguro Rural (CGSR), o
ministério da Agricultura vai liberar o sistema para nova consulta e
autorização da subvenção ainda em agosto e também em setembro.

Diante da redução dos recursos e da grande demanda, analistas advertem
que o produtor que deixar para contratar o seguro mais tarde, pode ficar sem a
subvenção federal que cobre boa parte do valor do seguro. “Em 2015, apenas
R$ 368 milhões foram disponibilizados, pois o governo utilizará R$ 300
milhões para quitar a subvenção do prêmio de apólices de seguro rural do
ano passado. Sendo assim, é importante o produtor antecipar a contratação do
seu seguro para ficar na prioridade da subvenção.”, afirma Otávio Simch,
diretor da Tovese Corretora de Seguros.

Dos R$ 368 milhões disponíveis no programa em 2015, foram destinados
R$ 80 milhões para a soja (R$ 30 milhões em agosto e R$ 50 milhões para
setembro); R$ 152 milhões para trigo, milho safrinha e outros grãos de
inverno. Ainda para setembro, para culturas, como arroz, feijão e café, estão
destinados R$ 36,7 milhões. Em outubro, estão previstos R$ 20 milhões para a
uva e R$ 28 milhões para a maçã. O cronograma de alocação de recursos
prevê ainda R$ 10 milhões ao milho safrinha que será plantado em 2016.

Com mais de 20 anos de experiência no mercado de seguro rural, Simch
destaca que é muito importante o produtor contratar logo o seguro e garantir
seu benefício, além de pagar menos. O especialista faz uma comparação com a
compra de semente: “O que o produtor faz quando ele tem uma oferta de semente?
Ele compra antecipadamente para aproveitar aquele momento e pagar menos. O
seguro é igual. Se contratar agora, ele vai contratar a um custo menor. Se
contratar em outro momento, vai encontrar, mas pagará o preço cheio de
mercado”, avisa.

Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência Safras

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