Porto Alegre, 25 de janeiro de 2017 – A decisão do presidente dos
Estados Unidos, Donald Trump, de retirar o país da Parceira Transpacífico
(TPP, na sigla em inglês) pode ser positiva para o Brasil, especialmente para a
exportação de produtos agrícolas, mas o protecionismo norte-americano é
preocupante, afirmou nesta quarta-feira o ministro da Indústria, Comércio
Exterior e Serviços (MDIC), Marcos Pereira.
Em uma de suas primeiras medidas após tomar posse, Trump determinou esta
semana a saída dos EUA do TPP, cumprindo uma promessa de campanha. O acordo
fora firmado pelo governo Barack Obama, e os países integrantes formariam um
dos maiores blocos comerciais do mundo.
Segundo Pereira, com a saída dos EUA abre-se uma boa oportunidade para o
Brasil preencher um vazio deixado pela maior potência do planeta, especialmente
para o agronegócio nacional, que é altamente competitivo.
“Entendemos que na área do agrobusiness, do agronegócio, abre-se uma
oportunidade grande para o Brasil. Poderemos avançar em outras áreas também
com os países, e esse será o nosso foco no comércio exterior”, disse o
ministro a jornalistas.
A rejeição ao bloco comercial do Pacífico fazia parte da promessa de
campanha de Trump de proteger e fortalecer a indústria local norte-americana e
estimular a geração de empregos nos Estados Unidos. Se por um lado o Brasil
pode ter benefícios com a saída dos EUA do TPP, a política protecionista do
presidente norte-americano é vista com preocupação pelo ministro.
Pereira destacou que, justamente no momento em que o Mercosul negocia
medidas para tornar o bloco mais aberto, as barreiras comerciais a serem criadas
por Trump podem prejudicar esse impulso expansionista.
“No momento em que o Brasil e o Mercosul começam a se abrir, em que
vamos tentar avançar no acordo com a União Europeia ainda, se possível, esse
ano…. Com todos mais abertos, vem a maior economia do mundo se fechando, essa
é uma preocupação”, disse.
O ministro afirmou ainda que o Brasil deve fechar 2017 com um novo
superávit na balança comercial e o desempenho deve superar o saldo positivo de
47,7 bilhões de dólares em 2016. A previsão é de um resultado positivo de
cerca de 50 bilhões de dólares, afirmou.
“A perspectiva é de algo em torno de 50 bilhões. Acho que a economia
esse ano, a partir do segundo semestre, começa a crescer. Tudo vai depender
também de como o câmbio vai flutuar”, disse. As informações são da
Agência Reuters Brasil.
Revisão: Rodrigo Ramos / Agência SAFRAS
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