Porto Alegre, 3 de dezembro de 2020 – A Secretaria da Agricultura,
Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) divulgou nesta quinta-feira (3) o
relatório de monitoramento de surto de gafanhotos no Estado. Os levantamentos
foram realizados in loco na região Noroeste, de 30 de novembro a 2 de dezembro,
de acordo com a notificação da ocorrência de focos de gafanhotos.
Segundo o engenheiro agrônomo e chefe da Divisão de Defesa Sanitária
Vegetal da Seapdr, Ricardo Felicetti, no local foram coletados indivíduos para
identificação das espécies de gafanhotos que estão ocorrendo na região,
determinando no local a incidência e a intensidade de desfolha nos cultivos e
áreas de mata.
Felicetti destaca que os municípios com relatos de focos foram Santo
Augusto, São Valério do Sul, Chiapeta, Coronel Bicaco, Campo Novo e Bom
Progresso. “Foram identificadas pelos especialistas duas espécies de
gafanhotos pertencentes à Família Romaleidae, Zoniopoda iheringi e Chromacris
speciosa. Não se tratam de gafanhotos migratórios da Família Acrididae, pela
qual foi motivada a Portaria de Emergência Fitossanitária devido ao risco de
ingresso pela Argentina a partir do mês de maio”, esclarece. Veja mais
detalhes abaixo.
MONITORAMENTO DE SURTO DE GAFANHOTOS
Os levantamentos foram realizados in loco na região noroeste por três
equipes de Fiscais Estaduais Agropecuários da SEAPDR durante o período de
30/11 a 02/12, de acordo com a notificação da ocorrência de focos de
gafanhotos. No local foram coletados indivíduos para identificação das
espécies de gafanhotos que estão ocorrendo na região, determinando no local a
incidência e a intensidade de desfolha nos cultivos e áreas de mata. Os
municípios com relatos de focos foram Santo Augusto, São Valério do Sul,
Chiapeta, Coronel Bicaco, Campo Novo e Bom Progresso. Foram identificadas pelos
especialistas duas espécies de gafanhotos pertencentes à Família Romaleidae,
Zoniopoda iheringi e Chromacris speciosa. Não se tratam de gafanhotos
migratórios da Família Acrididae, pela qual foi motivada a Portaria de
Emergência Fitossanitária devido ao risco de ingresso pela Argentina a partir
do mês de maio
De um total de 4.740,5 hectares relatados em vistoria, cerca de 58,26%
(2.762 ha) tratam-se de áreas de mata nativa, enquanto que 41,74% (1.978,5 ha)
são de áreas agrícolas com cultivo de soja, milho e resteva de culturas de
inverno, sendo que deste total 1.511 ha apresentaram observações de
gafanhotos, representando 31,87 % da área total vistoriada e 76,37% do total da
área agrícola vistoriada. Na área agrícola foi observada uma Incidência
média de 58,26% e uma intensidade de desfolha média de 0,35%. Considerando o
total da área vistoriada, a incidência média foi de 55% e a intensidade de
desfolha foi de 0,34%.
De acordo com o observado nas vistorias os danos em cultivos agrícolas
são pequenos até o momento, sendo que nos locais com foco maior observa-se uma
desfolha de cerca de 10% nos cultivos agrícolas, especialmente na bordadura
com as matas nativas, apresentando densidade de infestação de cerca de 5
indivíduos/metro quadrado. No interior das lavouras a desfolha observada foi
menor que 5%, com menos de 0,5 indivíduos/metro quadrado. Nas áreas agrícolas
foram vistoriados cerca de 411 ha de milho, 1.287,5 ha de soja, 80 ha em pousio
e 200 ha de resteva de cultura de inverno, representando respectivamente
20,77%, 65,07%, 4,04% e 10,11% da área agrícola vistoriada. As áreas de soja
vistoriadas encontram-se entre os estádios fenológicos V2 e V4, enquanto que
as áreas de milho encontram-se em estádio R5. As informações partem da
assessoria de comunicação social da Secretaria da Agricultura, Pecuária e
Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 14/08/2025 10:30