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AGRICULTURA: Seguro rural é a única solução para crise hídrica – SNA

30 de janeiro de 2015
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Porto Alegre, 30 de janeiro de 2015 – Em época de estiagem e altas
temperaturas no Brasil, a melhor ferramenta para a gestão agrícola é o seguro
rural. A afirmação é de Helio Sirimarco, diretor da Sociedade Nacional de
Agricultura (SNA).

Para ele, o seguro contratado – ao contrário do que se verifica hoje –
precisa oferecer uma boa relação custo/benefício. “Nos Estados Unidos, o
produtor tem a garantia de cobertura em até 90%, e em alguns casos, em até
100%. Ora, por que não copiamos, com as devidas adaptações, um modelo que já
deu certo lá fora?”, questiona Sirimarco, citando que a contratação de
seguro em Goiás, por exemplo, abrange 825 mil hectares, o que representa apenas
14% da área total do estado.

Em recente declaração à imprensa, o presidente da Federação de
Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner, reconheceu que
o atual seguro ainda não atende de forma adequada o produtor e também
defendeu a adoção do modelo americano.

SAFRA IRREGULAR

Opiniões à parte, o certo é que, devido ao comportamento do clima, a
tendência para este ano será de uma safra irregular.

“Apesar da ocorrência de chuvas nos últimos dias, os volumes foram
insuficientes para normalizar a umidade do solo em pontos do Nordeste,
Centro-Oeste e Sudeste, e os prejuízos já começam a ser contabilizados”,
afirma o diretor da SNA.

Segundo ele, partes do norte de Mato Grosso receberam menos da metade do
volume normal de chuvas em janeiro, em contraste às chuvas acima da média no
Rio Grande do Sul. Já a seca em Goiás, um dos principais produtores de grãos
do Brasil, pode quebrar a safra em até 15%, trazendo perdas de R$ 1.2 bilhão,
segundo informação da FAEG.

A projeção mais recente do Ministério da Agricultura, que ainda não
leva em conta os efeitos da seca de janeiro no Sudeste e no Centro-Oeste do
Brasil, aponta para uma produção de 9.9 milhões de toneladas de soja em
Goiás na atual temporada – um aumento de 10% em relação a 2013/14.

PREVISÕES

E o que podemos esperar em curto prazo? Considerando a análise de
metereologistas, Helio Sirimarco concorda que as chuvas previstas para as
próximas duas semanas devem ajudar a aliviar o estresse hídrico nos cinturões
de café, cana-de-açúcar e grãos do Brasil, que têm sofrido com o tempo
seco e quente.

No entanto, as previsões mostram que os dois maiores estados produtores de
café, Minas Gerais e Espírito Santo, enfrentam grandes déficits hídricos
neste final de janeiro, que é normalmente o mês mais chuvoso do ano para o
Sudeste. Ainda assim, as principais regiões de café e cana foram mais
favorecidas pelas chuvas das últimas semanas do que em janeiro de 2014, quando
uma seca muito mais intensa levou a uma forte redução de produtividades na
safra passada. Com informações da assessoria de imprensa da SNA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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