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AGRICULTURA: Setor produtivo de MT enfrenta intempéries

10 de abril de 2015
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Porto Alegre, 10 de abril de 2015 – O presidente do Sistema Famato/Senar,
Rui Prado, voltou a destacar os intempéries econômicos que o setor produtivo
está enfrentando diante da conjuntura política que o Brasil vive na
atualidade, como o atraso na liberação do crédito rural oficial, por exemplo.

O assunto foi alvo de debate durante a participação dele no painel de
Política Agrícola, na tarde de quinta-feira (09), em Primavera do Leste, no
penúltimo dia da feira Farm Show. A discussão teve ainda a participação do
deputado federal por Mato Grosso e vice-presidente da Frente Parlamentar da
Agropecuária (FPA), Nilson Leitão, além de outros representantes do
agronegócio do Estado.

“Nosso setor é um dos poucos que tem o poder de reação, não pode ser
penalizado. Vou citar um exemplo aqui sobre o que estamos enfrentado: o crédito
rural, que deveria já estar irrigando nossa agricultura, deveria estar nos
bancos promovendo a compra dos insumos, não está disponível. A cada real que
se deixa de aplicar com o crédito oficial é menos produto que vai haver lá na
frente. Infelizmente, esse governo mentiu para nós, ou está se omitindo do
que é importante”, disse ao público do evento o presidente da Famato.

Rui Prado aproveitou também para lembrar que os desafios do setor não
dizem respeito apenas às decisões da esfera federal de governo, mas às
medidas estaduais, como a possível aprovação da licença de atividade para o
agronegócio. “A Assembleia Legislativa está prestes a votar a lei ambiental
que vai tratar do licenciamento de atividade. Não se trata de licença
ambiental, mas de uma lei que vai no obrigar a cumprir um roteiro, contratar um
engenheiro para dizer que é possível se plantar soja em Primavera. Vamos ter
que contratar um pesquisador para provar que é possível criar boi no Pantanal,
o que já acontece há mais de duzentos anos. Isso é um absurdo”, enfatizou
Prado.

O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso,
Ricardo Tomczyk, disse compreender que, diante da crise econômica que o país
enfrenta, o governo tenha a necessidade de fazer ajustes. Porém, deixou claro
discordar da forma como as medidas estão sendo tomadas, tendo em vista que os
“enxugamentos” estão prejudicando justamente os setores que favorecem a
economia brasileira.

“O arrocho é necessário, não tem mais como segurar. O Brasil precisa
fechar o caixa, mas qual caixa vai ser fechado? Cortar dinheiro da agricultura,
como está acontecendo, justo o setor que tem segurado as pontas neste país?
Cortar dinheiro da infraestrutura? Será que é essa despesa que precisa ser
cortada? Será que é essa a maneira de fazer a coisa certa? A máquina pública
tem que ser enxugada, não dá para ter 40 ministérios. Portanto, me parece
que o Brasil que teremos continuará a ser o Brasil que não queremos”,
provocou.

O deputado Nilson Leitão aproveitou a oportunidade para conclamar os
produtores presentes para pedir um basta. “Não há mais como suportar o
momento que estamos vivendo. O que a gente não quer para a nossa família não
podemos querer para o nosso governo. Fico envergonhado da atual situação e
isso não é mais uma questão de partido, de cor ou de lado, é uma questão de
dignidade”, pontuou.

Questionado sobre o descrédito da classe política no cenário nacional,
Leitão disparou: “tem deputado que defende temas, tem deputado que defende
negócios”.

FEIRA

A Farm Show começou na última terça-feira com uma programação voltada
para o produtor rural da região sul do Estado, além de profissionais e
interessados no setor. A feira, inédita em Primavera do Leste, foi preparada
para levar inovação e informação aos agropecuaristas de Mato Grosso, além
de ser um ambiente de negócios. O público ultrapassou as expectativas, de
acordo com a organização do evento. “O desafio foi nosso, mas o mérito é
de todos”, comentou o presidente do Sindicato Rural da cidade, José Nardes.

No estande do Sistema Famato/Senar, presente na feira desde o início,
interessados puderam participar das oficinas de agricultura de precisão e
mecanização agrícola, gratuitamente. Com informações da assessoria de
imprensa da Famato.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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