AGRICULTURA: SNA sedia encontro preparatório ao Ano Mundial do Solo dia 5

Porto Alegre, 3 de dezembro de 2014 – A crescente degradação dos solos do
planeta é um fator preocupante. De acordo com o Global Soil Forum, estima-se
que, nos últimos 50 anos, a quantidade de terra agricultável per capita
diminuiu cerca de 50% no mundo. Dados da FAO apontam que cerca de 33% das terras
é considerada como tendo alto ou médio grau de degradação, devido à
erosão, salinização, compactação, impermeabilização e poluição
química.

No dia 05 de dezembro (sexta-feira), a Sociedade Nacional de Agricultura
(SNA) recebe, no Rio de Janeiro, o encontro preparatório para a Conferência
“Governança do Solo”, programada para março de 2015, em Brasília, onde
serão debatidos aspectos sobre governança e gestão territorial e de solos,
sob o enfoque das microbacias. O evento, que acontece no Dia Mundial do Solo,
marca a abertura das comemorações de 2015, escolhido pela FAO como o Ano
Mundial do Solo.

Estarão presentes no encontro, entre outros, o ministro Aroldo Cedraz
(Tribunal de Contas da União); o presidente da Embrapa, Maurício Lopes; Robson
Rocha (vice-presidente de gestão de pessoas e sustentabilidade do Banco do
Brasil); Fábio Feldmann (ex-ministro e consultor ambiental) e Antonio Alvarenga
(presidente da SNA). Na ocasião, os participantes irão preparar a agenda para
a conferência de março de 2015.

Em pauta, a percepção de que, apesar de ser fundamental para diversas
atividades, como produção de alimentos, água, florestas, etc., o solo não
está integrado aos debates que ocorrem nesses setores, ainda que a sua
crescente degradação esteja gerando impactos negativos. O evento também terá
o propósito de discutir os diversos aspectos que permeiam a governança do
solo e seus reflexos nos diversos setores que estão a ele conectados.

A recente crise da água, que opôs Rio de Janeiro e São Paulo, tem
ligação direta com a boa utilização do solo. “Chegamos a esse problema não
só pela diminuição da precipitação, mas pelo mau uso da água e pela
impermeabilização do solo nas áreas urbanas. Basta observar o caso de São
Paulo, que está num planalto, uma área que chove frequentemente. Mas para onde
é que vai essa água toda que chove? Se o solo é coberto de asfalto, ela vai
parar nos rios Tietê e Pinheiros e vai embora!”, explica o chefe geral da
Embrapa Solos (Rio de Janeiro-RJ), Daniel Vidal Pérez.

O encontro preparatório é organizado pelo Tribunal de Contas da União,
em parceria com a Embrapa, a Itaipu Binacional, o Ministério do Meio Ambiente,
a Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, a FAO, a Sociedade Nacional da
Agricultura, o Banco do Brasil, a Agência Nacional de Águas e o Institute for
Advanced Sustainability Studies (IASS). Acompanhe abaixo a programação do
evento, segundo informações da assessoria de imprensa da SNA.

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Programação:
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9h – Café da manhã de recepção aos convidados

9h30 – Falas dos anfitriões do evento: Ministro Aroldo Cedraz (TCU), Antônio
Alvarenga (SNA) e Maurício Lopes (presidente da Embrapa)

10h15 – Mesa redonda composta pelos três participantes acima e também Robson
Rocha, Fábio Feldmann e Leisa Perch (Centro Rio+).

11h15 – Abertura para perguntas
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Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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