Porto Alegre, 14 de abril de 2015 – A Sociedade Rural Brasileira (SRB)
assinou ontem (13), no Rio de Janeiro, o Termo de Cooperação Técnica e
Financeira para Implantação do Cadastro Ambiental Rural (CAR). Pelo convênio,
a SRB participará do desenvolvimento do projeto de mapeamento dos
quantitativos ambientais dos municípios dos Biomas Cerrado e Mata Atlântica,
que abrangerá mais de 4 mil municípios em todo País, exceto a região
Amazônica. O projeto permitirá ao Brasil planejar políticas públicas,
tornando compatíveis a produção agrícola e a manutenção dos ativos
florestais.
O projeto vai estimar o tamanho das reservas ambientais existentes no
País, as áreas que precisam ser regularizadas, e, assim, calcular o
investimento necessário para tornar o agronegócio brasileiro ainda mais
sustentável. Com essas informações, será possível planejar o
reflorestamento pelo método da compensação. Por esse sistema, as propriedades
rurais com excedente de reserva ambiental podem compensar o déficit em outras
áreas. O projeto prevê a identificação do uso do solo por meio de fotos do
sistema RepidEye, uma constelação de satélites capazes de adquirir imagens
coloridas com resolução espacial.
Na prática, o projeto abre uma grande oportunidade para o agronegócio.
“Será possível fazer a recuperação de forma planejada, preservando as
áreas agrícolas já produtivas e beneficiando ainda mais as áreas sensíveis,
como mananciais e bacias hídricas”, diz Gustavo Diniz Junqueira, presidente
da Sociedade Rural Brasileira. “O projeto ajudará o País a tomar decisões
econômicas e fazer um grande planejamento de oportunidades de produção
agrícola e proteção ambiental”, afirma o executivo.
O mercado de compensação ambiental ainda é incipiente no Brasil. Somente
os produtores regularizados no Cadastro Ambiental Rural (CAR) podem
comercializar o excedente de sua reserva. Dos cerca de 20 milhões de hectares
no Brasil direcionados à proteção ambiental, 10 milhões de hectares podem
ser compensados. Para o reflorestamento dos demais 10 milhões de hectares,
estima-se um custo aproximado entre R$ 8 mil a R$ 10 mil por hectare,
totalizando um investimento de até R$ 100 bilhões para adequação à nova
legislação do Código Florestal.
O projeto
A Sociedade Rural Brasileira liderou o alinhamento de diversas entidades
para custear o projeto, avaliado em R$ 6 milhões. Aderiram ao convênio a
Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a Indústria Brasileira de Árvores
(IBA), a União da Agroindústria Canavieira do Estado de São Paulo (Única),
a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), além da Federação Nacional
das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização (Fenaseg), a Agroicone,
empresa especializada na análise do agronegócio global, e o Instituto Aço
Brasil.
Caberá a um Comitê Gestor supervisionar todo o trabalho realizado, assim
como a discussão, a definição, a proposta de metodologias e os resultados
obtidos. O grupo será integrado por representantes das entidades signatárias,
pela Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS) e pelo
Ministério do Meio Ambiente. Para colocar em prática essa iniciativa com bases
sustentáveis, o projeto usará uma ferramenta semelhante ao Green House Gas
Protocol, capaz de entender, quantificar e gerenciar emissões de GEE. A base de
seleção dos métodos de reflorestamento será feita por orientação do
Ministério do Meio Ambiente e da Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária. Com informações da assessoria de imprensa da SRB.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 17/06/2025 09:45