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AGRICULTURA: Volume de crédito contratado em julho cresce 30% ante 2014

26 de agosto de 2015
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Porto Alegre, 26 de agosto de 2015 – O volume de crédito agrícola
contratado em julho de 2015 é 30% superior ao mesmo mês do ano passado. O
valor foi divulgado nesta terça-feira (25) pela ministra Kátia Abreu
(Agricultura, Pecuária e Abastecimento) durante reunião com entidades do
agronegócio e representantes de bancos públicos e privados.

Em julho de 2014, o total financiado a juros controlados foi de R$ 8,886
bilhões (incluindo recursos obrigatórios, poupança rural e fundos
constitucionais). Já no mês passado, esse valor saltou para R$ 11,596
bilhões, aumento de 30%. A fonte dos dados é o sistema de monitoramento do
Banco Central (Sicor) e leva em conta custeio e comercialização, incluindo
grandes, médios e pequenos produtores (Pronamp e Pronaf).

Em relação ao primeiro semestre, que leva em conta parte da safra atual e
da anterior, houve queda de 7% de 2014 para 2015, passando de R$ 52,4 bilhões
para R$ 48,7 bilhões. “Mas o mês de julho é o mês genuinamente da nova
safra de 2015/2016, que foi onde encontramos aumento. Isso traz uma certa
tranquilidade porque estamos em ascendência”, afirmou Kátia Abreu.

Kátia Abreu ponderou que o aumento de 30% no volume financiado neste mês
em relação ao ano passado se deve, em parte, à menor disponibilidade do
pré-custeio no primeiro semestre.

A reunião entre produtores e bancos foi convocada pela ministra após
entidades agrícolas alegarem dificuldade na hora de tomar o empréstimo nas
agências bancárias. “Quando uma luz amarela acende, temos obrigação de
chamar os atores e ouvir todos os envolvidos, porque o mais difícil nós temos,
que é o dinheiro e encontrar quem quer correr risco, que são os produtores.
Então, este meio de campo tem que ser desembolado”, disse ministra.

Entre as reclamações apresentadas pelos produtores, está o aumento das
exigências dos bancos na hora de contratar financiamento, inclusive com
garantia real. Além disso, há queixas sobre venda casada e sobre “mix” de
taxas, quando há mistura entre recursos controlados e crédito livre.

“Nada mais justo do que ouvir o choro. Ninguém chora sem motivo”,
afirmou a ministra ao fim da reunião. “Mas estamos passando por uma crise na
China e por ajustes sérios na nossa economia. Todo o mercado, obviamente, se
sensibiliza. Então é normal que os bancos, temorosos com os riscos, fiquem
mais exigentes e preocupados. Mas não é nenhuma dificuldade incontornável”,
completou.

A ministra marcou para daqui um mês nova reunião a fim de avaliar a
evolução das contratações. “Tenho certeza que a realidade em agosto estará
melhor”, disse. “Apesar do preço das commodities terem caído, estamos
vendendo nossos produtos, abrindo nossos mercados”.

O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Tarcísio José Massote
de Godoy, afirmou que a agropecuária “só tem trazido alegrias” para a
economia brasileira e que o governo federal tem considerado o bom desempenho do
setor na hora de dotar recursos.

“Prova disso é que, apesar da situação rigorosa das contas públicas, a
presidente Dilma Rousseff, juntamente com a ministra Kátia Abreu,
disponibilizou recursos bastante relevantes para o Plano Agrícola e
Pecuário”, afirmou Godoy. O volume destinado para a safra 2015/2016 foi de R$
187,7 bilhões, valor 20% superior à safra anterior.

Banco do Brasil

O vice-presidente do Banco do Brasil, Osmar Dias, participou da reunião e
informou aos agricultores que a diminuição do pré-custeio em 2015 se deveu à
queda do deposito à vista e da poupança. “Não foi porque o banco não
queria dar pré-custeio. Mas há necessidade de se ampliar o lastro para não
faltarem recursos”, explicou Dias.

Somente o Banco do Brasil, que opera 65% do crédito agrícola a juros
controlados no país, aumentou em 28% o número de contratos firmados em julho
de 2015 em relação ao mesmo mês do ano passado, passando de 47.317 para
60.625 contratos. Em volume de recursos, o acréscimo foi de 93%, salto de R$
3,311 milhões em 2014 para R$ 6,396 milhões em 2015.
Para Osmar Dias, o crescimento do número de contratos mostra que não há
concentração dos financiamentos apenas nos clientes considerados “classe a”,
que apresentam menor risco ao banco. A instituição se comprometeu a levantar
as contratações por produto, a fim de analisar concentração de problemas em
determinadas cadeias.

A ministra ainda ponderou que os bancos devem respeito ao acordo de
Basileia, por isso têm a obrigação e a responsabilidade de analisarem o
nível de risco das contratações. “Os bancos precisam ficar no fio da navalha
entre o cumprimento do Plano Safra e as determinações de Basileia. Agora,
como a ministra da Agricultura vai interferir em um banco privado? Eu não posso
fazer isso. Já em relação aos bancos públicos, eu não tenho visto
diminuição dos financiamentos”, afirmou. Com informações da assessoria de
comunicação social do Mapa.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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