Porto Alegre, 18 de setembro de 2015 – A união dos países do Cone Sul
– Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai-, para atender ao aumento da demanda
por comida e garantir a segurança alimentar, respondendo por 60% da oferta
mundial, foi defendida, nesta quinta-feira (17/9), por especialistas da região
na abertura do Seminário Internacional Cone Sul – Fonte Estratégica de
Alimentos para a Humanidade, que ocorre até hoje na sede do Instituto
Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), em Brasília.
O evento tem o apoio da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil
(CNA) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR). Nos dois dias,
está sendo discutida uma agenda conjunta para os desafios e oportunidades de
aumentar a produção agrícola de forma sustentável, em razão do crescimento
da população do planeta.
Para Renato Simplício Lopes, vice-presidente da CNA, um dos desafios neste
contexto é promover a inclusão social no processo de produção sustentável
nos países do Cone Sul, aliando aumento da oferta de alimentos e preservação
ambiental. “Espera-se muito esforço e determinação política para
viabilizar a melhoria de vida das populações. É hora de caminharmos juntos em
busca da prosperidade”, destacou Simplício, que também é secretário
executivo do Fórum do Futuro, instituição formada por especialistas e
autoridades de instituições ligadas à atividade rural para debater propostas
para o desenvolvimento sustentável. O Fórum é um dos realizadores do
encontro, juntamente com o IICA e o Grupo de Países do Sul (GPS).
Na avaliação do secretário executivo do Serviço Nacional de
Aprendizagem Rural (SENAR), Daniel Carrara, a educação é outro fator
fundamental para que o setor agropecuário responda os desafios de aumentar a
oferta de alimentos e garantir a segurança alimentar diante da expansão da
população mundial. “Sem educação é impossível acompanhar esse processo.
Durante muito tempo um operador de máquina podia ser analfabeto. Hoje, ele
precisa ter pelo menos o ensino médio e conhecimentos de informática para
operar. O produtor precisa acompanhar a evolução tecnológica que ocorre no
Brasil para ampliar sua capacidade de renda e ter uma boa gestão da
propriedade. E o trabalho do SENAR é ajudar o produtor neste processo”,
afirmou.
Segundo o presidente do Fórum do Futuro, Alysson Paolinelli, os países
produtores do Cone Sul têm hoje a responsabilidade de “dar as respostas” ao
desafio da segurança alimentar, o que implica uma “integração de
perspectivas”, envolvendo universidades e centros de pesquisa. Já o
presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Maurício
Lopes, falou da necessidade de aliança do Cone Sul “para oferecer alimentos a
quem está impossibilitado de produzir”. O coordenador de agronegócio da
Fundação Getúlio Vargas, Roberto Rodrigues, afirmou que é preciso “sair
das ilhas de estratégia para uma estratégia ampla” para avançar na questão
da segurança alimentar.
De acordo com o representante do IICA no Brasil, Manuel Otero, a
expectativa é de identificar ações concretas nos dois dias de encontro, a
partir do trabalho conjunto. Para o presidente do GPS, Horácio Caballero,
“por mais ricas que sejam as discussões, precisamos definir os eixos de
atuação para definir estratégias”. O presidente da frente Parlamentar da
Agropecuária (FPA), deputado Marcos Montes (PSD-MG), se comprometeu a levar a
discussão sobre segurança alimentar ao Congresso Nacional, com foco em uma
“visão mais futurista e menos pessoal”. Com informações da assessoria de
comunicação social da CNA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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