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AGRICULTURA:Queda de preços deve ter reversão parcial até fim de ano – Itaú

18 de janeiro de 2016
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Porto Alegre, 18 de janeiro de 2016 – A despeito das quedas recentes, o
relatório do Itaú projeta recuperação parcial dos preços internacionais de
commodities até o fim de 2016. Considera-se uma alta de 27% em relação a
meados de janeiro, principalmente no petróleo (74%).

Tal cenário baseia-se em três hipóteses: ajuste no mercado do
petróleo no segundo semestre de 2016, redução de capacidade de produção na
China e recuo do ‘Risco China’ aos níveis observados no 4T15.

As commodities continuaram caindo desde o fim de novembro, recuando 11%
no período. O primeiro fator foi o excesso de oferta de petróleo, reforçado
pela falta de coordenação da Organização dos Países Exportadores de
Petróleo (Opep), levando os preços do petróleo Brent a cair 33% e afetar as
demais commodities. O segundo fator foi o aumento das preocupações com a
China, que afetou todos os ativos relacionados à sua economia desde o começo
do ano.

Olhando à frente, é projetada uma recuperação parcial dos preços em
2016, com um cenário de alta de 27% dos preços de commodities em relação
aos níveis de meados de janeiro (majoritariamente devido ao aumento de 74% do
preço do petróleo). O cenário baseia-se em três hipóteses:
– O mercado de petróleo deverá presenciar quedas adicionais de investimento,
reduzindo a oferta futura e equilibrando o balanço global no segundo semestre
de 2016, mesmo com o aumento de exportações do Irã.

– O “risco China” implícito nos ativos globais retorna a níveis observados
no 4T15. O Itaú avalia que o governo do país tem capacidade e vontade de
neutralizar as preocupações do mercado, pelo menos até o próximo problema
quanto às distorções vigentes no mercado financeiro aparecer.

– A China reduz o excesso de capacidade em diversos setores, retirando oferta do
mercado ao fechar minas e fábricas não rentáveis. Esse ajuste está sendo
discutido pelo governo e, se executado, será favorável para os preços
internacionais de minério de ferro, cobre, alumínio e carvão.

Os preços atuais refletem riscos nos mercados de metais e petróleo,
causados por um eventual crescimento abaixo do esperado na China ou por
redução de produção mais lenta no mercado de petróleo.

No entanto, riscos de alta nos preços de commodities agrícolas são
previstos, decorrentes de eventuais condições climáticas desfavoráveis no
período final do El Niño.

Petróleo: fraqueza no curto prazo, recuperação a partir da metade de
2016

Os preços do petróleo continuaram a recuar desde o fim de novembro,
com o Brent e o WTI atingindo US$ 30 por barril. Esses preços estão abaixo das
mínimas atingidas no auge da crise do subprime em 2008/2009.

O excesso de oferta continua afetando os preços. Com a alta da oferta
da Opep em relação ao ano passado e a estabilidade do agregado ex-Opep, o
mercado segue desequilibrado, com estoques elevados.

Além disso, a probabilidade implícita nos preços de corte de
produção pela Opep diminuiu. O encontro da Opep em 4 de dezembro terminou sem
mudanças na produção, e a probabilidade de um corte coordenado segue
diminuindo. A deterioração das relações entre o Irã e a Arábia Saudita
torna ainda mais difícil um retorno à postura ativa do cartel.

Foi revisada a projeção de preços médios do petróleo do tipo Brent
no primeiro semestre de 2016 de US$ 44 para US$ 37 por barril. O arrefecimento
da preocupação com a China é capaz de ajudar a recuperação dos preços para
US$ 35, mas enquanto o acúmulo de estoques persistir será difícil uma alta
relevante nos preços.

Apesar dos preços ainda mais baixos no curto prazo, o Itaú manteve a
projeção em US$ 55 por barril ao fim de 2016. O cenário baseia-se na
avaliação de que os preços dos últimos 18 meses estão reduzindo
investimentos, causando queda de produção ex-Opep já em 2016. Essa queda,
combinada com novo aumento da demanda global, deve ser suficiente para
equilibrar o mercado.

Grãos: estabilidade recente, mas El Niño ainda traz riscos

Os preços internacionais (primeiro vencimento) de milho, soja e trigo
foram pouco afetados pela queda do petróleo ou pelo aumento de preocupação
com a China. A variação desde o fim de novembro foi de -1,9%, -0,1% e 3,9%,
respectivamente.

No geral, a perspectiva para as três commodities continua a mesma.
Balanço global relativamente folgado para 2016, com a duração e a intensidade
do El Niño sendo os principais fatores de risco. Os dados recentes do
Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, na sigla em inglês) revisaram os
estoques finais projetados de milho e soja para baixo, mas mantêm a perspectiva
de balanço folgado.

A chuva abaixo do normal no norte do Mato Grosso representa um fator
de risco para a safra de soja, mas a perspectiva continua sendo de uma safra
acima de 100 milhões de toneladas no Brasil.

São mantidas as projeções para o fim de 2016 de milho (US$ 4,0 por
bushel), soja (US$ 8,8 por bushel) e trigo (US$ 5,3 por bushel).

Açúcar: consolidação da alta do 4T15

Os contratos internacionais de açúcar permaneceram próximos de US$
0,15 por libra-peso em dezembro. O primeiro vencimento do contrato futuro da
Bolsa de Nova York está em US$ 0,147 por libra-peso, mantendo-se ao redor desse
patamar no último mês.

O açúcar segue mantendo o prêmio elevado em relação ao etanol
hidratado no Brasil. Isso favorece um aumento do uso da cana-de-açúcar para
açúcar, mas o excesso de chuva no período final da colheita do Centro-Sul
dificulta qualquer reação relevante.

O cenário de oferta e demanda de açúcar deve se manter, com as
projeções de preços internacionais em US$ 0,143 por libra-peso (média 2016),
em linha com a curva de futuros. Esse nível de preços leva em conta a
realidade atual de déficit no ano-safra, após cinco safras de superávit
global de açúcar.

Café: balanço neutro entre fatores altistas e baixistas

Os contratos internacionais de café (primeiro futuro de NY, tipo
arábica) permaneceram entre US$ 1,15 e US$ 1,26 por libra-peso, com pouca
reação às depreciações dos principais países produtores.

A projeção do Itaú para o café se mantém em US$ 1,28 por libra-peso
para o fim de 2016, em linha com a curva de futuros. Mantemos a avaliação de
que esses níveis oferecem um bom balanço entre os fatores baixistas
(condições climáticas favoráveis no Brasil e alta dos preços na moeda local
dos principais produtores) e altistas (riscos de quebras na América Central).

Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência Safras

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Alibem - base suíno leitão

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Estrela Alimentos - base leitão

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Pamplona* base term.

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Pamplona* base suíno leitão

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