A gestação coletiva de matrizes suínas aos poucos vem deixando de ser uma tendência na suinocultura mundial para tornar-se uma realidade. Desde que a União Europeia, em 2013, baniu o uso de gaiolas, a adesão ao modelo tem sido crescente entre os grandes players mundiais de carne suína. Nos Estados Unidos cerca de dez estados já criaram nova legislação para o alojamento de fêmeas suínas no período de gestação. O Canadá, outro grande produtor, segue o mesmo caminho. No Brasil empresas produtoras de carne suína, voluntariamente já anunciaram a transição para o sistema coletivo de gestação dentro de prazos-limite.
Para a maioria dos especialistas em bem-estar animal trata-se de um caminho sem volta. Uma nova forma de produzir suínos, mais conectada às aspirações do consumidor contemporâneo e alinhada à evolução tecnológica do setor, que cada vez mais interpõe homens, máquinas inteligentes e animais.
A crescente aderência ao modelo de gestação coletiva não significa, no entanto, que sua implementação seja simples. No campo, muitos produtores, em diferentes países, têm enfrentado algumas dificuldades na migração do atual modelo para o sistema de alojamento coletivo de fêmeas. Entre os desafios mais recorrentes nas granjas estão o manejo reprodutivo e nutricional das fêmeas.
Baias coletivas: desafios de manejo
Esse será justamente o foco da apresentação da médica veterinária e Coordenadora de Produção da Agroceres PIC, Juliana Ribas, no Painel de Bem-estar Animal, que será realizado na AveSui 2017, em Florianópolis (SC). Com o tema “Desafios do manejo reprodutivo e nutricional em gestação coletiva”, Juliana vai tratar, a partir de exemplos práticos, dos principais pontos críticos de manejo das fêmeas nos diferentes tipos de sistemas existentes para gestação coletiva na suinocultura.
“O alojamento coletivo de fêmeas pode ser realizado de diversas maneiras em diferentes tipos de instalação. A principal diferença entre eles está na forma de alimentação das fêmeas, que pode ser feita por sistemas de mini box, arraçoamento no chão via drop, sistemas com gaiolas de livre acesso e em modernas estações eletrônicas de alimentação”, explica Juliana. “Para cada tipo de sistema existem desafios que precisam ser observados para se evitar impactos negativos e perdas de produtividade”, completa a especialista.
Os procedimentos necessários para a redução dos impactos na reprodução das fêmeas suínas nos sistemas de gestação coletiva, sobretudo na etapa de mistura das fêmeas, será outro ponto abordado por Juliana em sua apresentação. “O período gestacional da fêmea escolhido pelo produtor durante a etapa de mistura dos animais pode gerar perdas reprodutivas que acabam reduzindo o desempenho da granja. Durante minha palestra vou abordar as vantagens e desvantagens de cada momento de mistura das fêmeas”, adianta a Coordenadora de Produção da Agroceres PIC.
A palestra de Juliana Ribas no dia será realizada na tarde de hoje (26), às 14h45min.
Serviço
AveSui 2017
Painel Bem-estar Animal – Gestação coletiva de matrizes suínas
Data: 26 de abril de 2017
Palestra: “Desafios do manejo reprodutivo e nutricional em gestação coletiva”, por Juliana Ribas, médica veterinária e Coordenadora de Produção da Agroceres PIC
Local: CentroSul, Florianópolis (SC)
Realização: Gessulli Agribusiness
Cotação semanal
Dados referentes a semana 22/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 71,50Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 1.975,00Preço base - Integração
Atualizado em: 07/11/2024 17:50