Porto Alegre, 25 de março de 2022 – Após três anos, a Agrishow, feira
do agronegócio especializada no setor de máquinas agrícolas, volta a ser
realizada presencialmente em 2022. O evento acontece em Ribeirão Preto (SP)
entre os dias 25 e 29 de abril. Na coletiva de apresentação, o tema
“fertilizantes” recebeu destaque de boa parte dos envolvidos.
O presidente da Agrishow, Francisco Maturro, disse estar animado pelo
retorno do evento ao formato presencial e enalteceu dois pontos fundamentais do
agronegócio. “O agro brasileiro é movido pela coragem do agricultor e pela
ciência, pela pesquisa. Por isso, saliento a importância da Agrishow, que se
propõe a mostrar essas inovações científicas ao produtor. As máquinas,
destaque da feira, são fundamentais para a aplicação destas tecnologias”,
disse.
Ele observou que a expectativa de público se mantém a mesma dos anos
pré-pandemia e que todas as regras sanitárias do Plano São Paulo e da
prefeitura de Ribeirão preto serão “respeitadas rigorosamente”. “Os
estandes deverão ter áreas mais abertas. Não podemos esquecer que nossa feira
é a céu aberto, com 200 hectares de área, como se fosse uma grande praça.
Ainda que tenhamos 30 ou 40 mil pessoas por dia, não haverá aglomeração”,
ele salientou, porém, que a organização trabalha para evitar aglomerações
nas bilheterias, nos restaurantes e nos banheiros.
O presidente de honra da Agrishow, Maurílio Biagi, espera que o
“entusiasmo reprimido” do público e dos expositores favoreça um
crescimento da movimentação na feira. “Compradores gostam de comprar em
feira, de estarem presentes. Há um fator psicológico: as pessoas estão
sonhando com o fim da pandemia”, analisou.
João Carlos Marchesan, presidente do Conselho de Administração da
ABIMAQ, também se mostrou otimista e disse que a Agrishow 2022 “vai valer por
três feiras”, celebrando o bom momento do agronegócio brasileiro. “O agro
precisa buscar cada vez mais autossuficiência. O grande desafio do setor no
ano serão os fertilizantes, tanto nos preços quanto na possível falta. O
Brasil precisa investir muito na produção. Mesmo assim, estamos confiantes de
que o agro vai crescer muito neste ano. 2021 foi excelente para a indústria de
máquinas agrícolas. Com a feira, teremos um 2022 muito melhor”, projetou.
O membro do conselho administrativo da ABIMAQ, Pedro Estevão Bastos de
Oliveira, acredita que a feirá será um sucesso. Ainda assim, ele vê com
cautela o cenário internacional. “Guerra traz instabilidade e instabilidade
traz precaução. Mas estamos muito bem. Então, tirando a instabilidade com a
guerra, devemos ter um ano muito bom para a indústria de máquinas
agrícolas”, reforçou.
O diretor executivo da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag),
Eduardo Daher, rechaçou o “catastrofismo” sobre os fertilizantes. “A
Rússia não é nem o maior produtor mundial. O Canadá sempre foi. Os preços
estão mais altos, mas o mundo não acabou. Precisamos de calma e serenidade
neste momento”. Segundo ele, a Agrishow será o lugar de conversar e de
preparar a próxima safra. “É um olho no clima e outro no câmbio”,
alertou.
Quem também propôs tranquilidade quanto à questão dos fertilizantes foi
o conselheiro da Anda, Carlos Heredia, que destacou uma “poupança de
nutrientes no solo”, uma vez que o produtor brasileiro tem cuidado bem do solo
nos últimos anos. Ele observou, ainda, que a maior parte das exportações de
fertilizantes da Rússia sai pelo Mar Báltico, não pelo Mar Negro, onde se
concentram os conflitos. “Além disso, a Rússia não é o único fornecedor.
Gabriel Nascimento (gabriel.antunes@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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