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AGRONEGÓCIO: Brasil deve enfrentar maior concorrência da Argentina em breve

16 de dezembro de 2015
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Porto Alegre, 16 de dezembro de 2015 – Eliminar totalmente as tarifas de
exportação de carne bovina (15% para 0%), trigo (23% para 0%) e milho (20%
para 0%), além da redução do percentual cobrado sobre a venda de soja dos
atuais 35% para 30%. Essas são as promessas do novo presidente da Argentina,
Mauricio Macri, voltadas à reestruturação de sua economia e ao
reestabelecimento de relações exteriores que andavam enfraquecidas.

Para a Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), as
medidas podem afetar os preços internacionais desses produtos no curto prazo.
No entanto, em longo prazo, as ações trarão bons frutos para as relações
bilaterais, a exportação brasileira e para o Brasil.

Segundo a responsável da Superintendência de Relações Internacionais
da CNA, Alinne Oliveira, atualmente a Argentina tem US$ 11,4 bilhões de
dólares em estoque de soja, milho e trigo. “Em um cenário de preços baixos,
a retirada dos impostos incentivará a venda dos estoques e o aumento da
produção argentinos, consequentemente haverá maior oferta, o que pode deixar
os produtos ainda mais baratos. A princípio, esse impacto será negativo para o
exportador brasileiro”, observou.

No entanto, comenta Alinne Oliveira, depois do impacto inicial, as
medidas adotadas por Macri serão positivas para o Brasil e o Mercosul. “A
Argentina terá um melhoramento econômico, refletindo em todo o bloco. Assim,
as políticas comerciais terão um melhor alinhamento e novos acordos comerciais
poderão ser concluídos, abrindo outros mercados para o Brasil”, frisou.

A superintendente de Relações Internacionais da CNA explica que esse
fato pode equilibrar a competição e ampliar a abertura de novos mercados para
o Brasil, uma vez que a Argentina é um grande importador de produtos
manufaturados brasileiros.

Outro aspecto positivo, de acordo com a CNA, é o fato de Brasil e
Argentina poderem se unir para conquistar grandes mercados que exigem escala de
exportação como China, Rússia e Norte da África. “Tudo isso pode ocorrer
se o novo presidente conseguir cumprir suas promessas eleitorais, uma vez que o
congresso argentino é da era Kirchner”, finalizou Alinne Oliveira. As
informações partem da Assessoria de Comunicação da CNA.

Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência Safras

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