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AGRONEGÓCIO: Brasil lidera fornecimento de alimentos a islâmicos

23 de outubro de 2023
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Porto Alegre, 23 de outubro de 2023 – O Brasil já é o líder mundial no fornecimento de
alimentos e bebidas para os 57 países da Organização para Cooperação Islâmica (OCI), segundo
dados apresentados hoje (23) pela Câmara de Comércio Árabe-Brasileira (CCAB).

De acordo com a entidade, em 2022, as exportações desses gêneros para o bloco totalizaram US$
23,41 bilhões, desempenho que colocou o Brasil à frente de concorrentes especializados como
Estados Unidos, Indonésia, Turquia, Austrália e China, e ainda representou avanço de 41% sobre as
vendas efetivadas no ano anterior.

Na avaliação da instituição, embora o resultado seja expressivo, a pauta de exportações
para o mundo islâmico ainda é limitada a alimentos básicos, principalmente carnes, açúcar,
grãos e cereais. A Câmara Árabe também diz que as vendas brasileiras representam apenas 10% de
tudo o que a OCI compra de fornecedores estrangeiros, havendo, portanto, espaço para o país
crescer, sobretudo nas categorias de valor agregado.

“Há que se diversificar a pauta de exportações, incluindo produtos de valor agregado,
fortalecer as ações de promoção do produto brasileiro com ainda mais intensidade do que temos
feito, tornar o Brasil para o consumidor muçulmano sinônimo de respeito a suas tradições e
ampliar a disponibilidade de produtos industrializados com certificação halal [de produção
conforme às tradições do islã] não só no segmento de alimentos”, resumiu Osmar Chohfi,
presidente da entidade, na abertura do Global Halal Brazil Business Forum.

Para o ex-diplomata, o avanço do Brasil nos mercados islâmicos passa por ampliar a
disponibilidade de alimentos industrializados certificados sob padronização islâmica (halal) e de
o empresariado compreender as necessidades do consumidor muçulmano. Em sua fala, ele citou a
jornada de especialização do setor de proteínas, que iniciou vendas para países islâmicos em
1977 e hoje faz do Brasil o maior exportador do mundo de carne de frango e bovina de padronização
islâmica (halal), enviando a esses mercados cerca de 30% do total das exportações.

Na visão de Chohfi, o Brasil tem condições estruturais para ampliar sua inserção no mundo
muçulmano para além das carnes e dos produtos básicos. Ele citou o fato de o país ter uma
indústria alimentícia competitiva, produtos já inseridos em mercados de consumo islâmicos com
reputação de qualidade e de fornecimento confiável e uma marca positiva junto ao consumidor
muçulmano em função da postura diplomática brasileira, centrada no “diálogo” e na “não
beligerância”.

Chohfi fez menção, inclusive, à recente atuação do Brasil na presidência do Conselho de
Segurança das Nações Unidas em favor das vítimas do atual conflito no Oriente Médio. “Não
poderia deixar de mencionar o grande pesar pelos trágicos acontecimentos e todas as suas vítimas,
o desejo de que prevaleçam as normas do direito humanitário, a proteção das populações civis e
o anseio para que se alcance um dia a paz e a segurança”.

O ex-diplomata também destacou que o Brasil possui iniciativas de fomento de exportações
halal estruturadas, entre elas o Halal do Brasil, da Câmara Árabe e da agência Apex Brasil, de
promoção de exportações, lançado em 2022. Para ele, o projeto enfrenta dois gargalos relevantes
ao avanço do Brasil no mundo islâmico, que é o reforço nas ações de promoção no exterior e o
estímulo às empresas para a aquisição da primeira certificação halal.

“A Câmara Árabe também tem meios de auxiliá-los na construção de planos de negócios
sólidos e detalhados para diferentes países muçulmanos, considerando demandas reais desses
mercados e as aptidões de suas organizações. Nossas portas estão abertas a todas as empresas que
desejam se internacionalizar”, finalizou. As informações são da assessoria de imprensa da Câmara
de Comércio Árabe-Brasileira (CCAB).

Revisão: Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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