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AGRONEGÓCIO: Brasil pode ter superávit de US$ 200 bi no setor nos últimos 30 anos

15 de setembro de 2022
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Porto Alegre, 15 de setembro de 2022 – O Brasil aumentou em 14 vezes o superávit da balança
comercial agrícola nos últimos 30 anos. Segundo dados apresentados pelo economista e analista de
mercado Alexandre Mendonça de Barros durante a abertura da 2a Jornada RTC, nesta quarta-feira (14),
o país passou de uma balança superavitária de US$ 7,1 bilhões, em 1990, para US$ 81 bilhões em
2020 e, neste ano, deve atingir a casa dos US$ 100 bilhões. “O Brasil precisa ser inteligente e
abrir comércio com os diferentes blocos que irão surgir. É necessário ter habilidade
diplomática de conversar com russos, chineses e europeus e nos tornarmos relevantes para todos
eles. As cooperativas precisam ter tamanho para conversar com todos esses mercados”.

O presidente da CCGL, Caio Vianna, deu início à jornada destacando a importância da retomada
de eventos presenciais pós-pandemia para debater o futuro do setor. “Vendo esse plenário lotado de
colegas de longa data, de muitas lutas pelo agro e pelo cooperativismo, entendemos o motivo pelo
qual o Rio Grande do Sul é tão pujante e contribui tanto para o agro brasileiro. O agro do RS não
é feito apenas dentro dos limites do nosso Estado, mas está por todo o país”. A força das
cooperativas nesse cenário foi reforçada pelo presidente da Fecoagro, Paulo Pires. “Tenho
confiança absoluta de que juntos vamos fazer um trabalho em prol do agro gaúcho”. No comando do
Sistema Ocergs-Sescoop/RS, Darci Hartmann, lembrou a importância de se voltar os olhos para os
próximos passos do setor no Brasil. “Os desafios foram lançados e agora temos que interpretar o
que quer o jovem do futuro”, acrescentou.

Ao defender uma ação diplomática pela abertura de mercados, Mendonça de Barros, lembrou que
o Brasil já assumiu um papel relevante no cenário internacional nas últimas três décadas e que,
em cerca de 30 anos, o superávit da balança comercial pode chegar a US$ 200 bilhões. “Para isso,
precisamos de envergadura logística, escala competitiva e ganhar musculatura para enfrentar as
oscilações no mercado”.

Para o economista, a tendência é que aumente a dependência entre mercados, e que nações
desenvolvidas se tornem compradoras de países como o Brasil como forma de garantir a soberania
alimentar. “Precisamos dizer ao mundo que estamos aqui e transmitir confiança. Nosso destino é
alimentar o mundo, independentemente de eventuais conflitos que venham se formar”.

Mendonça de Barros ainda ressaltou que a economia mundial deve desacelerar nos próximos anos,
o que não significa impacto direto nos preços, uma vez que o mercado de alimentos segue
demandador. Ele citou as recentes quebras nas safras dos Estados Unidos e da Europa, e lembrou que
os modelos de previsão para 2022/23 indicam uma colheita de 149 milhões de toneladas de soja e 126
milhões de toneladas de milho para o Brasil, indicadores que, segundo ele, ainda não consideram o
impacto do La Niña.

Segundo o economista e analista de mercado, dentro de quatro semanas, a atenção do mercado
internacional de grãos deve se concentrar no Brasil tendo em vista a previsão de ocorrência de La
Niña na América do Sul. Apesar de não acreditar em uma quebra expressiva da safra a ser colhida,
o profissional projeta redução em relação à estimativa inicial. “O mercado segue em um quadro
nervoso. Mas a importância do Brasil no quadro internacional só cresce”. Com informações da
assessoria de imprensa da Rede Técnica Cooperativa (RTC).

Revisão: Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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