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AGRONEGÓCIO: CCJ aprova mudança na tributação de empresas de sementes

15 de dezembro de 2022
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Porto Alegre, 15 de dezembro de 2022 – A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania
(CCJC) da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (14), proposta que estabelece que
empresas de sementes não se submeterão aos limites de dedução do lucro tributável no valor
total de compra de sementes ou da licença de cultivares. O texto altera a legislação do Imposto
de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ).

O Projeto de Lei 947/22, do deputado Sérgio Souza (MDB-PR), recebeu parecer favorável do
relator, deputado Darci de Matos (PSD-SC), que apresentou um substitutivo com o objetivo de “aclarar
mais o texto da proposição, evitando-se que a futura lei seja questionada no âmbito do Poder
Judiciário ou até mesmo mal compreendida e aplicada pela Receita Federal”.

Conforme comentou o deputado Pedro Lupion (PP-PR), o objetivo é evitar uma bitributação, com
a cobrança de royalties tanto de sementeiros quanto de produtores rurais. “Por exemplo: eu sou um
grande laboratório multinacional e desenvolvo uma cultivar, uma semente. Essa cultivar é vendida
para sementeiros, cooperativas, que vão multiplicá-la e colocar no mercado para que seja comprada
pelos produtores rurais, que vão plantar e colher, usar essa semente como base. Quem tem que pagar
esse royalty para o laboratório que desenvolveu a semente é o sementeiro, é quem faz a
distribuição dela para o mercado”, defendeu.

A deputada Maria do Rosário (PT-RS), por outro lado, disse temer que a nova regra signifique
perdas tributárias, inclusive com a possibilidade de ser aplicada retroativamente. “Aqui é um
debate sobre perda tributária para o Estado brasileiro. Eu comparei a necessidade dos pobres com
aquilo que os ricos estão buscando aqui. E estou dizendo que está sendo inaugurado um instituto
que é a utilização para trás, para beneficiar o que é devido ao fisco”, argumentou a deputada.
Darci de Matos, porém, disse que a proposta não deixa explícito nenhum efeito retroativo e que
essa decisão caberá ao Judiciário.

A proposta também foi criticada pela deputada Fernanda Melchionna (Psol-RS). “Esse tema da
mudança interpretativa está sendo aprovado de uma maneira escandalosa. Muitos parlamentares não
têm a dimensão de que isso pode significar a União ter de devolver os valores recebidos pela
Receita Federal. Até porque aqui não tem uma mudança interpretativa, tem uma mudança
legislativa, foi uma manobra para [o projeto] não vir acompanhado de estudos de impacto financeiro.
Pode gerar um passivo gigante que o povo brasileiro pagará”, afirmou.

Já a deputada Caroline de Toni (PL-SC) defendeu a medida. “Nós não estamos falando em perda
tributária. O que nós estamos falando é de reparar uma injustiça que está sendo cometida por
uma interpretação judicial que está sendo aplicada ao produtor rural, ou seja, aquele que está
lá na ponta. Porque está sendo cobrado royalties duas vezes nessa operação. Nós temos a empresa
que é a detentora da tecnologia, que passa para o sementeiro que é o multiplicador, que vende para
o produtor rural. E está sendo cobrado agora do produtor rural também esses royalties, então o
que a gente está querendo fazer é uma justiça fiscal”, disse. As informações são da Agência
Câmara de Notícias

Revisão:Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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