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AGRONEGÓCIO: Comércio exterior tem saldo de US$ 9,3 bi em fevereiro – Ipea

23 de março de 2022
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Porto Alegre, 23 de março de 2022 – O comércio exterior do agronegócio
brasileiro registrou saldo positivo de US$ 9,3 bilhões na balança comercial
em fevereiro deste ano. O volume é resultado das exportações do setor, que
tiveram alta de 64,5% em fevereiro em relação ao mesmo mês de 2021 e
atingiram US$ 10,5 bilhões. Houve contribuição também das importações, que
atingiram US$ 1,2 bilhão, um avanço de 2,0% ante igual mês do ano anterior.

Já na balança comercial com produtos de todos os setores, os resultados
indicam superávit de US$ 4,0 milhões. Os dados foram divulgados hoje (23), no
Rio de Janeiro, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

A forte elevação dos preços internacionais das principais commodities
[mercadorias] da pauta exportadora brasileira, em parte, explica a alta do valor
das exportações de fevereiro, segundo o Ipea.

“Os preços internacionais da soja e do milho estão próximos das máximas
históricas. Como resultado, em fevereiro o valor mensal das exportações
ficou acima do registrado em qualquer mês de 2019 e 2020”, acrescentou o
instituto.

Demanda aquecida

Os altos valores das exportações da carne bovina em 2022 devem se manter
com a alta dos preços internacionais desse produto e com a demanda aquecida. Em
sentido diferente, a exportação de carne suína sofreu impacto da queda nos
preços internacionais, causada pela redução das importações da China, país
em que este rebanho tem apresentado recomposição.

Em fevereiro, houve recuo de 48% nos envios de carne suína brasileira para
a China na comparação com fevereiro de 2021. “A queda foi parcialmente
compensada pelos demais destinos, todavia, fechou com volume exportado 12,7%
inferior ao de fevereiro passado”, explicou o Ipea.

Depois de recuos mensais contínuos entre julho de 2021 e janeiro de 2022, o
café teve crescimento nas quantidades exportadas. Foram justamente as
exportações que ajudaram a conter o viés de valorização dos preços que
durava desde o fim do ano passado. Esse cenário sofreu impacto com o começo da
guerra entre Rússia e Ucrânia.

Dez dos quinze produtos acompanhados pelo grupo de conjuntura também
apresentaram alta na quantidade exportada, além de elevação no valor da maior
parte das commodities exportadas.

O complexo da soja e da carne bovina foi a principal contribuição para o
desempenho de fevereiro com as maiores variações em relação a fevereiro de
2021: soja em grãos (137,0%), farelo de soja (52,8%), óleo de soja (30,0%) e
carne bovina (42,0%). No entanto, a esperada queda de produção para a safra
atual estimada pelo Instituto de Geografia e Estatística (IBGE) e pela
Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) deve prejudicar a quantidade
exportada do produto e de seus derivados em 2022.

O destaque no crescimento de 2,0% nas importações do agronegócio em
fevereiro foi o trigo, principal produto da pauta, com avanço de 10,9% em
quantidade e 26,5% em valor.

“A alta nos preços internacionais do grão vem sendo observada após o
início do conflito entre Rússia e Ucrânia, dois dos maiores exportadores do
produto. Mesmo com a estimativa de crescimento de 2,6% da produção brasileira
estimada pela Conab, a demanda doméstica continuará não sendo atendida pela
produção nacional e, por isso, as incertezas frente à produção e
comercialização mundial do produto gerarão consequências para o mercado
doméstico brasileiro este ano, principalmente nos produtos que usam o trigo
como insumo, como pães e massas”, informou o Ipea.

Mudanças climáticas

Acrescentou que dois fatores têm contribuído para mudanças significativas
no comércio mundial de commodities. Um deles são as mudanças climáticas e
outros fenômenos como a La Niña [resfriamento anormal das águas superficiais
do Oceano Pacífico] e as estiagens que impactaram principalmente a produção
de grãos, açúcar, café e proteína animal. O outro motivo é relacionado à
incerteza quanto à oferta de diversos produtos comprometidos pela guerra entre
Rússia e Ucrânia.

Ainda conforme o Ipea, países no entorno do conflito, como Bulgária e
Hungria, reduziram ou suspenderam as exportações de grãos em consequência do
risco de desabastecimento interno. Mas os preços dos ativos energéticos,
metálicos e grãos tiveram fortes altas em março. Enquanto isso, açúcar,
café, cacau e até mesmo a carne bovina, consideradas soft commodities,
“interromperam a sequência de altas, revertendo em queda por causa da sua
menor essencialidade em um cenário de conflitos”, finalizou.

As informações partem da Agência Brasil.

Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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