Porto Alegre, 8 de dezembro de 2015 – Os produtores continuam investindo no
campo. Dados da contratação de crédito rural na modalidade custeio, de julho
a novembro deste ano, apontam um crescimento de 23% em relação ao mesmo
período de 2014, com R$ 42,9 bilhões. Esse tipo de financiamento é usado, por
exemplo, para compra de insumos, plantio, tratos culturais e colheita. A
comercialização, por sua vez, teve recuo de 2%, com desembolso de R$ 10,4
bilhões.
As liberações do custeio e comercialização nos cinco primeiros meses da
safra 2015/2016 contabilizaram R$ 53,3 bilhões, o que representa 36% do
montante oferecido pelo governo federal (R$ 149,5 bilhões) para essas
finalidades. Os desembolsos de investimentos foram de R$ 9 bilhões, ou 24% do
total programado, de R$ 38,2 bilhões.
O anúncio da liberação do financiamento da agricultura empresarial, com
base em dados do Sistema de Operações do Crédito Rural e do Proagro (Sicor)
do Banco Central, foi feito nesta terça-feira (8) pelo secretário de Política
Agrícola, André Nassar, em Brasília.
O destaque do período ficou com as linhas de financiamento para custeio do
médio produtor (Pronamp) – faturamento de até R$ 1,6 milhão ao ano -,
que atingiram R$ 8,5 bilhões. O valor representa um incremento 45% em relação
ao consolidado de julho a novembro do ano anterior (R$ 5,8 bilhões). Os bancos
públicos apuraram um aumento de 48% na oferta de recursos para o crédito da
categoria, de R$ 6,6 bilhões ante R$ 4,4 bilhões, nos cinco meses de 2014.
Os números do Sicor mostram que o total financiado pelos bancos públicos,
a juros controlados para a linha de custeio, foi de R$ 24,5 bilhões, nos cinco
meses de contratação, incluindo recursos obrigatórios, poupança rural e
fundos constitucionais. Os bancos privados somaram R$ 9 bilhões, e as
cooperativas de crédito, R$ 4,4 bilhões. Para os financiamentos a juros livres
para custeio e comercialização, o montante alcançou R$ 6,5 bilhões,
incluindo bancos públicos, privados e cooperativas de crédito, com avanço de
36% em relação ao igual período de 2014.
Para o financiamento da safra, o agricultor empresarial conta também com a
Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), recursos a taxas de juros livres, que
atingiu R$ 859 milhões nesse período.
Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 26/06/2025 13:30