Porto Alegre, 21 de maio de 2020 – As exportações do agronegócio
brasileiro registraram receita de US$ 31,4 bilhões no acumulado de janeiro a
abril deste ano, alta de 5,9% (US$ 1,75 bilhão) em relação ao mesmo período
de 2019, de acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil
(CNA).
Os principais produtos responsáveis por essa elevação em termos de
faturamento foram a soja em grãos (US$ 11,5 bilhões), a carne bovina in natura
(US$ 2,1 bilhões) e carne de frango in natura (US$ 2,0 bilhões), que
responderam por 50% das vendas do agronegócio brasileiro no mercado
internacional, com aumentos de 28,2%, 26,5% e 1,4%, respectivamente.
China, União Europeia e Estados Unidos foram os principais destinos dos
produtos do agro no período. O país asiático importou do Brasil US$ 11,8
bilhões ou 38% da pauta brasileira em produtos do segmento, enquanto o bloco
europeu e os EUA compraram os montantes de US$ 5,1 bilhões e US$ 1,9 bilhão.
“O mês de abril ficou marcado por um grande aumento nas vendas de soja
em grãos para a China, o que contribuiu para o crescimento do resultado do
quadrimestre. Entretanto, trouxe um perfil ainda mais concentrado para as
exportações brasileiras, visto que outros setores registraram quedas
significativas”, diz a CNA.
As compras chinesas de carne bovina brasileira subiram 138% de janeiro e
abril deste ano na comparação com os quatro primeiros meses de 2019,
totalizando US$ 1,1 bilhão. Em relação à carne de frango, o país asiático
comprou US$ 150,9 milhões a mais em relação ao primeiro quadrimestre do ano
passado, o que somou US$ 457,4 milhões em vendas.
Os embarques de carne suína do Brasil para a China, maior consumidor desta
proteína animal no mundo, subiram 221,5%. “Com a perda de grande parte de
seu rebanho devido à PSA, os chineses tiveram que se voltar ao mercado
internacional na tentativa de suprir parte da demanda doméstica, o que levou as
exportações brasileiras ao país dispararem”, explica a Confederação.
Outras duas commodities brasileiras que registraram alta no período foram
algodão e açúcar. A pluma foi altamente demandada na Ásia, sendo a China
detentora do maior aumento nas compras do produto, com variação positiva de
79%. O Paquistão aumentou expressivamente as importações do produto
brasileiro (904%), seguido por Vietnã (156%) e Turquia (108%).
Em relação ao açúcar em bruto, Bangladesh, Arábia Saudita e Indonésia
compraram, em conjunto, mais US$ 514,8 milhões do Brasil. No caso do açúcar
refinado, a expressiva alta veio das compras da Venezuela e de países africanos
(Gana e Senegal principalmente). Com informações da assessoria de imprensa da
CNA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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