Porto Alegre, 15 de junho de 2022 – O novo aumento da taxa Selic esperado
para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) vai dificultar ainda
mais os financiamentos para o setor agropecuário. “Concordamos com a
premência de combate à inflação, mas a alta das taxas de juros traz efeitos
colaterais e prejudica as atividades que necessitam de crédito”, afirma o
presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo
(FAESP), Fábio de Salles Meirelles. O presidente espera que o Plano Safra
2022/2023, traga recursos direcionados à subvenção para o crédito ao setor
com juros adequados às necessidades dos produtores.
“Infelizmente, ficará cada vez mais difícil para os produtores suportarem
o patamar de juros estipulados pelo mercado privado. A saída mais viável será
recorrer às linhas de financiamento com taxas de juros controladas, mas, para
isso, o Plano Safra precisa prever um volume considerável de recursos”,
acrescenta.
Meirelles acrescenta que os juros altos, apesar de desestimular o consumo,
também podem contribuir com a inflação. “Com juros em patamares muito
elevados, a oferta pode diminuir e os preços dos produtos aumentarem,
prolongando o desencontro entre oferta e demanda, além de impactar o mercado de
trabalho. A “população mais carente será a grande prejudicada”, pois a
produção de alimentos básicos será afetada.
De acordo com informações da Agência Brasil, o ministro da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (Mapa), Marcos Montes, disse que a pasta está
negociando com o Ministério da Economia para que o Plano Safra 2022/2023 seja
22,4% maior do que o anterior.
Pelas estimativas apresentadas por Montes, o Mapa busca viabilizar o Plano
Safra 2022/2023, que engloba o ano fiscal de junho de 2022 a junho de 2023, com
pelo menos R$ 300 bilhões, sendo R$ 22 bilhões para equalização de taxa de
juros.
Para o seguro rural, segundo o ministro, a meta é alcançar orçamento de R$
2 bilhões em 2023. Com os recursos, o Governo Federal concede um auxílio
financeiro ao produtor para a contratação da apólice, tornando-a mais
acessível, por meio do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural
(PSR).
O seguro minimiza os prejuízos dos produtores em caso de perdas ocasionadas
por eventos climáticos (estiagem, geada, granizo e outros), assim como a
necessidade de renegociação de dívidas.
O seguro minimiza os prejuízos dos produtores em caso de perdas ocasionadas
por eventos climáticos (estiagem, geada, granizo e outros), assim como a
necessidade de renegociação de dívidas.
As informações partem da assessoria de imprensa da FAESP.
Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) – Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 20/06/2025
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R$ 1.750,00Casquinha de soja à vista tonelada
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Atualizado em: 17/06/2025 09:45