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‘-AGRONEGÓCIO: PRESIDENTE DA CNA DIZ QUE SETOR BRASILEIRO É SUSTENTÁVEL

3 de junho de 2014
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SAFRAS (03) – A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do
Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, destacou ontem (02) que o Brasil já
cumpriu 88% da meta de redução do desmatamento para 2020, estabelecida na
Conferência do Clima de Copenhague em 2009, o que, segundo ela, comprova a
sustentabilidade do agronegócio brasileiro. Em palestra sobre “Código
Florestal: preservação e progresso”, no Fórum de Sustentabilidade promovido
pelo jornal Folha de S. Paulo, a senadora disse que o país está em situação
confortável em termos ambientais, pois restam apenas 12% a cumprir do
compromisso internacional, nos próximos seis anos.
“Preservamos 61% de todos os biomas de forma original. Mesmo sem saber,
criamos a poupança verde”, afirmou a presidente da CNA, referindo-se às
exigências do novo Código Florestal, considerado o mais rigoroso do mundo.
“Enquanto, entre 1976 a 2013, a área plantada aumentou quase 43%, a
produtividade avançou mais de 178%”, completou, ao lembrar que, no mesmo
período, a produção agrícola cresceu 298,72%, sustentada pela tecnologia
agropecuária.
Para se ter uma ideia do esforço do agricultor brasileiro para produzir
mais, usando menos terra, a senadora calculou que, mantidos os índices de
produtividade das lavouras registrados em 1976, seria necessário cultivar uma
área de 148,6 milhões de hectares para produzir a atual safra de grãos e
fibras. “Se estivéssemos produzindo da mesma maneira, precisaríamos de três
vezes mais área plantada”, afirmou.
E o compromisso dos agricultores com a produção sustentável não para
aí, uma vez que a FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e
Alimentação) estabeleceu papel de destaque para o Brasil na segurança
alimentar mundial. O país precisará aumentar em 40% sua produtividade para
ajudar a alimentar uma população de 9,1 bilhões de habitantes até 2050.
Segundo a presidente da CNA, é possível produzir mais, preservando o meio
ambiente e sem abrir novas áreas de produção. O segredo é repassar
tecnologia ao pequeno produtor rural, das classes D e E, que respondem por
apenas 7,6% da produção nacional, embora detenham 70% das áreas agrícolas.
A senadora também enfatizou a importância do setor agropecuário para a
economia nacional. “Se não fosse o agronegócio, teríamos uma balança
comercial com bastante dificuldade. Produzimos um quarto do PIB nacional”,
afirmou. O agronegócio é responsável por 41% das exportações e por 37% dos
empregos com carteira assinada no país”. As informações são da assessoria
da CNA.

(CS)

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