Porto Alegre, 17 de setembro de 2015 – A greve nacional dos fiscais
federais agropecuários tem adesão da maioria dos servidores filiados à
Delegacia Sindical da Anffa Sindical no Rio Grande do Sul. Nos quase duzentos
estabelecimentos com inspeção federal registrados no estado, a paralisação
supera 80%.
“Nos estabelecimentos de abate de aves suínos e bovinos, os fiscais
estão realizando a inspeção das carcaças mas não estão emitindo os
certificados. Desta forma, os produtos não podem sair das plantas”, explica o
diretor de Comunicação da DS-RS, Marcelo Mazzini.
Também estão paralisados os fiscais federais agropecuários que atuam
nos dez postos terrestres de fronteira, no Porto de Rio Grande e no Aeroporto
Internacional Salgado Filho. “Estamos inspecionando apenas as bagagens de
pessoas físicas, mas as cargas não estão sendo liberadas”, informa o
dirigente.
Na área vegetal, um ponto importante da atuação dos fiscais é a
inspeção e liberação dos pallets de madeira que são utilizados para a
acomodação de produtos de diversas áreas, como peças e equipamentos
industriais. “Nos procedimentos de importação, estes pallets podem trazer
pragas exóticas para o Brasil, por isso, precisam passar pelo crivo dos fiscais
agropecuários”, afirma Mazzini.
A exportação de tabaco também está sendo impactada pela
paralisação dos servidores. Em Santa Cruz do Sul, maior polo produtor do Rio
Grande do Sul, a emissão de certificados internacionais está suspensa.
Em reunião-almoço realizada nesta quinta-feira (17) no salão de
festas do Ministério da Agricultura em Porto Alegre, foi apresentando o
balanço do movimento para os servidores. A categoria deverá realizar nova
assembleia geral nacional na tarde da sexta-feira, para definir se a
mobilização continuará ou será suspensa.
Pauta de reivindicações
O governo havia oferecido reajuste de 21,3% em quatro anos, proposta que
não foi aceita pela categoria. O pleito do Sindicato Nacional dos Fiscais
Federais Agropecuários é de correção de 10,8% em dois anos. Os fiscais
federais agropecuários também lutam pela transformação da nomenclatura do
cargo para “auditor fiscal federal agropecuário”. Outro item das
reivindicações é a pauta funcional, com itens como a meritocracia, a
instituição de adicionais por atividades penosas e a realização de concurso
público.
A luta contra a terceirização da fiscalização agropecuária é outra
pauta de mobilização da categoria. O tema vem sendo levantado pelos fiscais
desde o começo do ano, diante da intenção do Ministério da Agricultura de
levar a inspeção de produtos de origem animal para a iniciativa privada. As
informações partem da Assessoria de Imprensa – DS-RS Anffa Sindical.
Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência Safras
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