Porto Alegre, 3 de dezembro de 2015 – A Frente Parlamentar Agropecuária
defendeu agilidade nos registros de agroquímicos, em encontro realizado nesta
semana. A ideia foi discutir com o diretor da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa) do Ministério da Saúde, Renato Alencar Porto, a burocracia
que dificulta o registro de novos agroquímicos ou impedem que novas moléculas
ainda eficazes cheguem aos produtores rurais.
“Como sabemos, este tema constitui um dos gargalos que afetam o
crescimento e os avanços do agronegócio brasileiro. Aliás, não de hoje que
nós da FPA nos preocupamos com essa grave situação”, disse o presidente da
FPA, deputado Marcos Montes (PSD-MG), ao participar dos debates na sala da
presidência da Comissão de Agricultura da Câmara Federal, sobre a celeridade
nos processos regulatórios dos defensivos agrícolas. “É inadmissível essa
lentidão nos registros desses produtos que na maioria das vezes podem chegar a
sete anos, enquanto em nossos concorrentes é a metade ou menos desse tempo”,
destacou.
Luz no túnel
Marcos Montes disse que os participantes da reunião perceberam uma nova
postura, uma nova visão sobre o assunto pela diretoria técnica da Anvisa, “o
que facilita o diálogo e a compreensão frente às reivindicações das
entidades representativas do setor agropecuário, daí nossa expectativa de uma
luz no final do túnel, pois vemos hoje a Anvisa com um viés mais técnico e
sua expertise oferece as condições necessárias para apressar esses
registros”.
Marcos Montes explicou que a morosidade que hoje se verifica traz
prejuízos não só ao produtor como também ao consumidor. Segundo ele, a
sociedade precisa entender que, assim como os remédios para as pessoas, as
lavouras necessitam dos agroquímicos para o combate das pragas e doenças que
as infestam. “Então, é importante mostrar à opinião pública a utilidade e
a necessidade desses produtos para a produtividade, a produção e a qualidade
dos alimentos”, destacou.
Eduardo Daher, da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef),
ressaltou que o produtor brasileiro sofre quando enfrenta o ataque de pragas
para as quais não existem defensivos registrados no país. “Como resultado,
hoje, o Brasil deixa de contar com uma série de produtos mais eficazes e
modernos, já aprovados para uso em outros países”, opinião compartilhada
pela associação dos produtores de soja (Aprosoja Brasil), de algodão
(Abrapa), dos representantes das cooperativas brasileiras (OCB) e da
Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), também presentes no
encontro. As informações partem da assessoria de imprensa da FPA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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