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AGROPECUÁRIA: Plano ABC recupera 26,8 mi de ha de pastagens degradadas

5 de novembro de 2020
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Porto Alegre, 5 de novembro de 2020 – Estudo realizado pelo Laboratório de
Processamento de Imagens e Geoprocessamento da Universidade Federal de Goiás
(Lapig/UFG) avaliou, com base na classificação automática de imagens de
satélites da série Landsat, o grau de degradação das áreas de pastagens no
Brasil no período de influência do Plano ABC (Agricultura de Baixa Emissão de
Carbono) e verificou expressiva redução no número de propriedades com áreas
de pastagens com degradação severa e moderada entre 2010 e 2018.

O estudo aponta que, no período de 2010 a 2018, foram recuperados 26,8
milhões de hectares de pastagens degradadas, número bem superior à meta
estabelecida pelo Plano ABC, de 15 milhões de hectares. A área recuperada é
maior que o território do Reino Unido, que tem aproximadamente 24,2 milhões de
hectares.

O aumento na qualidade das pastagens foi mais expressivo nas regiões
Centro-Oeste e Sul do país, abrangendo os estados de Goiás, Mato Grosso, Mato
Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e também o estado do Tocantins. A
recuperação ocorreu principalmente no bioma Cerrado, onde houve maior
investimento do Plano ABC para RPD.

Nas áreas de contratos do Plano ABC (Agricultura de Baixa Emissão de
Carbono) para Recuperação de Pastagens Degradadas (RPD), a área total com
pastagens classificadas como Degradação Severa reduziu de 34,3% para 25,2% no
período avaliado. A análise de cerca de 5,5 milhões de propriedades, conforme
os dados do Cadastro Ambiental Rural (CAR), também sugere um aumento nas
áreas de pastagens classificadas com Degradação Leve e Não Degradada. Em
termos proporcionais, e considerando este conjunto de propriedades, o aumento
mais expressivo foi para a classe Não Degradada, de aproximadamente 94,7 %.

Segundo a diretora do Departamento de Produção Sustentável e Irrigação
(Depros) do Mapa, Mariane Crespolini, o estudo é pioneiro no país. “Ele nos
permite avaliar a efetividade da política pública e o quanto os produtores
rurais, quando incentivados, são capazes de corresponder adotando práticas
sustentáveis de produção”, diz Mariane.

“Comparando os dados obtidos em 2010 com as informações de 2018, foi
observada uma melhora na qualidade das pastagens no período avaliado, com
redução no percentual de área em todas classes de indícios de degradação,
ao mesmo tempo em que houve aumento no percentual de áreas sem indícios de
degradação”, aponta o estudo, coordenado pelo pesquisador Dr. Laerte
Guimarães Ferreira Júnior da UFG.

As áreas totais ocupadas por pastagens em 2010 e 2018 foram de
aproximadamente 171,6 e 170,7 milhões de hectares, respectivamente. “Estes
números indicam uma estabilização na área total ocupada na última década,
que de fato vem ocorrendo e é evidenciado por uma melhora na condição das
pastagens”, diz o relatório.

Plano ABC

O Plano ABC é uma política nacional focada em estimular a agricultura
sustentável. A iniciativa foi lançada durante a Conferência das Nações
Unidas sobre Mudança Climática (COP 15), realizada em dezembro de 2009, em
Copenhague, na Dinamarca.

No primeiro trimestre do atual ano-safra (julho a setembro de 2020), as
áreas agropecuárias com tecnologias de redução dos gases do efeito estufa
financiadas pela linha de crédito do Programa ABC (Agricultura de Baixa
Emissão de Carbono) passaram de 245 mil hectares para 485,1 mil hectares,
crescimento de 97,9% na comparação ao mesmo período de 2019. Com
informações da assessoria de imprensa do Mapa.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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