Porto Alegre, 2 de setembro de 2022 – A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento
Rural (Seapdr) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) promoveram uma
reunião, nesta quinta-feira (1), durante a 45a Expointer, sobre sanidade agropecuária com
autoridades do Uruguai e Paraguai.
Segundo a diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Seapdr, Rosane
Collares, essa foi a primeira reunião da qual participou o Paraguai. “Uma participação
histórica”, comemorou. “Foi um encontro de aproximação e de começo de planejamento de ações
conjuntas”, afirmou Rosane.
Segundo ela, já existe um trabalho fortalecido da Secretaria com o Uruguai. “Inclusive, nesta
quinta-feira, os ministros da Agricultura do Uruguai e do Brasil assinaram um termo de cooperação
para que os serviços veterinários dos dois países possam trabalhar juntos”, destacou Rosane.
Ficou acertado durante o encontro que, quando houver treinamentos, capacitações, devem ser
oferecidas vagas para representantes de outros países e estados, a fim de que possa haver esse
intercâmbio de informação e um trabalho alinhado.
O diretor do Departamento de Saúde Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Geraldo Moraes, destacou a importância do
encontro para o fortalecimento das relações com os países fronteiriços Uruguai e Paraguai.
“Infelizmente a Argentina não pode comparecer”, lamentou.
De acordo com ele, com o avanço da retirada da vacinação contra aftosa, o Brasil está
retomando a aproximação com os demais países fronteiriços. Moraes citou o termo de cooperação
assinado nesta quinta-feira. “É fundamental para que os serviços veterinários de saúde animal e
vegetal possam fazer seus planos de trabalho específicos de vigilância na fronteira”, pontuou.
“Já temos várias experiências aqui e pretendemos implantar uma agenda contínua de reuniões
para que possamos manter sempre o intercâmbio de informações dos trabalhos conjuntos e
principalmente resgatar o contato com os colegas no campo”, disse Moraes. “Os médicos veterinários
que estão nas unidades veterinárias locais em um e outro lado precisam se comunicar com reuniões
frequentes para darem segurança às ações de fronteira”, concluiu.
O diretor-geral- dos Serviços de Pecuária do Ministério de Pecuária, Agricultura e Pesca do
Uruguai, Diego de Freitas, falou que o tema de vigilância na fronteira é fonte de preocupação
entre os países. “Com o Brasil já estamos trabalhando o assunto há cerca de dois anos. A ideia é
programarmos uma agenda conjunta para o ano que vem”, prometeu Freitas.
Conforme ele, o trabalho é controlar todo o gado que fica no Departamento de Rivera. “Lá temos
180 quilômetros de fronteira seca (sem rios). Por exemplo, se há um problema de sarna nos animais
de um lado, e se não atuarmos em conjunto, a solução não é eficaz como deveria ser”, finalizou
Freitas.
Já o presidente do Serviço Nacional de Qualidade e Saúde Animal do Paraguai, José Carlos
Martin, afirmou que a reunião foi muito interessante para trocar informações com os demais.
“Poucas vezes tivemos a oportunidade de nos reunir em um estado que tem êxito em um programa muito
importante, programa que viemos trabalhando regionalmente há mais de 50 anos. Escutar a opinião de
técnicos estaduais e do setor privado é fundamental para nós”.
Martin felicitou o esforço comprometido do estado do Rio Grande do Sul em realizar essa
edição da Expointer “globalista e integracionista”. Segundo ele, no último ano, o Paraguai vem
fazendo um trabalho muito sério a respeito da sanidade agropecuária. Especialmente na fronteira
com o Mato Grosso do Sul. “Fizemos muitas ações de vigilância sanitária. Sempre compartilhando
experiências com os técnicos e entendendo que somos uma região que é o supermercado do mundo,
abastecedora da proteína animal, do alimento. Essa pandemia nos ensinou duas coisas: uma, que no
mundo não pode faltar o alimento e nem o medicamento”.
Por sua vez, o presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná e presidente do Fórum
das Entidades de Sanidade Agropecuária do Brasil, Altamir Martins, contou que tem havido
discussões em nível de Fórum Nacional dos Executores de Sanidade Agropecuária (Fonesa Sul) sobre
a questão da vigilância de fronteira. “Essa reunião de hoje foi importante para conversarmos com
representantes do Paraguai e do Uruguai. A ideia é definir de que forma podemos trabalhar de forma
conjunta em relação a esse assunto e a questão da retirada da vacina de aftosa nesses países.
Esse é um trabalho mais a longo prazo. Como países da América do Sul, precisamos ter essa
preocupação de retirarmos a vacinação da aftosa, até porque o mundo depende de nós para ser
alimentado”. As informações são da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural
(Seapdr).
Revisão: Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
Copyright 2022 – Grupo CMA
Cotação semanal
Dados referentes a semana 20/06/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,43Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.750,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.300,00Milho Saca
R$ 66,25Preço base - Integração
Atualizado em: 17/06/2025 09:45