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AGROPECUÁRIA: Setor deve manter crescimento em 2016, projeta Kátia Abreu

21 de dezembro de 2015
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Porto Alegre, 21 de dezembro de 2015 – A agropecuária brasileira deve
terminar 2015 com expansão de 2%, segundo a ministra Kátia Abreu (Agricultura,
Pecuária e Abastecimento). “A nossa perspectiva para 2016 é crescer de 1,5%
a 2% novamente”, disse, em entrevista ao Jornal de Tocantins.

Ela também destacou os ganhos de produtividade do setor (aumento da
produção em uma área de tamanho igual por meio do emprego de tecnologia). Ao
diário tocantinense, Kátia Abreu falou ainda sobre desenvolvimento da região
do Matopiba – formada pelo Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia -,
regularização fundiária e desmatamento.

INVESTIMENTOS

“Este ano, ainda estamos em ritmo de crescimento. Terminaremos o ano
crescendo 2%, diferente de outros setores. A nossa perspectiva para 2016 é
crescer de 1,5% a 2% novamente. Estes são indicadores e análises dos Estados
Unidos e nós esperamos um crescimento de produtividade maior do que isso. É
crescer 2% em área ou em produção, através não só da ampliação de área,
mas também pelo aumento da produtividade no mesmo espaço de chão.

O fato dos produtores, este ano, terem recuado na procura de crédito
de investimento, eu aplaudo, pois em época de crise não é momento de fazer
grandes investimentos. As pessoas ficam mais cautelosas. Nos últimos quatro
anos do governo da presidente Dilma, foram financiadas 300 mil máquinas, 60 mil
por ano. No governo Lula, foram 30 mil máquinas/ano.

Então, nossos produtores estão bem abastecidos de maquinários e no
ano que vem esperamos que melhore a economia e que possamos ver a retomada dos
investimentos em máquinas e implementos agrícolas.”

REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA

“Nós estamos trabalhando duramente nisto. Porque se eu pudesse fazer
uma lista do que é importante para um estado e um país se desenvolver,
colocaria a regularização fundiária. Não adianta ter estrada se eu não
tenho produção para passar nas estradas. A regularização fundiária
significa direito de propriedade, segurança jurídica e investimento.

Aqui, nós estamos trabalhando com a SPU, através do Ministério do
Planejamento, para encontrarmos uma solução e fazermos uma experiência no
Bico do Papagaio, no sul do Maranhão e no sul do Pará. Essas áreas já estão
mapeadas.”

DESMATAMENTO

“O que eu disse, na verdade, não foi um estímulo ao desmatamento. O que
eu disse, na entrevista coletiva, é que utopia seria produzir sem ter
desmatado. Então, nós não desmatamos para jogar terras ao vento, nós
tratamos este assunto com seriedade. Então, eu disse que fazer agricultura sem
desmate é uma utopia, porque eu não consigo plantar em cima das árvores, não
consigo criar gado no meio da floresta. Qual era a opção então? Era não
plantar nada? Era não sermos produtores de alimentos?

Todos sabemos que o agronegócio é o segmento que está segurando o
emprego e a balança comercial brasileira. Não estava incentivando
desmatamentos no futuro, nem desmatamento ilegal. Outro ponto importante que tem
que ser considerado – e eu não quero tratar este assunto com hipocrisia –
é que o antigo e o atual Código Florestal Brasileiro permitem o desmatamento
em certas áreas com licenciamento. Então, eu defendo a legalidade e que nós
possamos estimular os produtores a tirar tudo da terra que já está desmatada
para que possamos aproveitá-la da melhor forma possível.”

MATOPIBA

“O Tocantins teve duas grandes oportunidades. A primeira foi durante sua
criação, onde nós tivemos toda uma condição, uma energia muito positiva de
mudança de patamar, de mudança de vida, de mudança de realidade. E agora
estamos tendo a segunda oportunidade – e talvez a última tão significativa
para que esse boom aconte ça. Não é para a ministra, é para o governo
brasileiro.

Nós temos 73 milhões de hectares nos quatro estados, sendo que 35
milhões de hectares são agricultáveis. Aí você poderia me perguntar:
“como é que eu sei se isso é muito ou pouco?” É só você lembrar que
toda a produção de grãos do Brasil é produzida em 50 milhões de hectares.
Você também poderia me perguntar: “vai haver desmatamento ilegal?” Não!
Nós não estamos apoiando isso, nós estamos incentivando e aguardando que as
áreas degradadas de pecuária possam ser transformadas em agricultura. Outro
ponto importante: dos cinco maiores rios do Brasil, dois estão no Matopiba, que
são o Araguaia e o Tocantins.

Se nós fizermos a irrigação, nós teremos uma grande área no
Tocantins, no Matopiba irrigável. Nosso objetivo, então, é que a última
fronteira agrícola do país e do mundo seja tratada de forma adequada, como as
outras não foram. No Matopiba, nós queremos corrigir esta distorção.” As
informações partem da Assessoria de Comunicação Social do Mapa.

Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência Safras

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