Porto Alegre, 25 de outubro de 2019 – A produção das atividades
agropecuárias atingiu R$ 465,5 bilhões em 2017, sendo 66,2% (R$ 308 bilhões)
relativos à produção vegetal e 33,8% (R$ 157,4 bilhões)
da produção animal. Da produção vegetal, 77% vêm das lavouras temporárias,
13% das lavouras permanentes, 5,7% da silvicultura, 2,8% da horticultura, 0,7%
da extração vegetal e 0,6% da floricultura. A produção animal se divide em
70,5% de grande porte, 19% de aves, 8% de animais de médio porte e 2,5% para os
de pequeno porte.
Os dados estão no Censo Agropecuário 2017, divulgado hoje (25) pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa fez uma
fotografia do campo brasileiro no dia 30 de setembro de 2017, com dados
relativos ao período entre 1 de outubro de 2016 e a data base.
O levantamento mostra que a área plantada não aumentou
significativamente, porém a produção foi muito maior. Por exemplo, o
rendimento em quilos por hectare plantado em algodão herbáceo passou de 2,9
mil em 2006 para 4,1 mil em 2017, a soja subiu de 2,5 mil para 3,3 mil, o milho
passou de uma produtividade de 3,5 mil quilos por hectare para 5,5 mil, o arroz
foi de 4 mil para 6,4 mil e o feijão subiu de 734 para mil quilos por hectare
plantado.
Na pecuária, o rebanho brasileiro tinha 172,7 milhões de cabeças de
bovinos no dia de referência. Apesar da diminuição do número de vacas
ordenhadas, de 12,7 milhões para 11,5 milhões, a produtividade de leite subiu
de 1,6 mil para 2,6 mil litros por vaca por ano.
Para o gerente do censo, Antônio Florido, o aumento na produtividade
reflete o uso de novas técnicas e tecnologias no campo, como a irrigação, que
aumentou 48% e chegou a 10% dos estabelecimentos, e o plantio direto, que
aumentou em 85% a área em que foi utilizada esta técnica.
“Em termos de mudança estrutural de tamanho, praticamente não mudou
nada. O que aconteceu nesses 11 anos foi mais tecnologia, mais pesquisa, mais
condições de ter mais renda com menos despesa. Está tendo melhoria genética
animal e vegetal, novas tecnologias, novos usos, automação de atividades, o
que pode levar à conclusão da diminuição da mão de obra empregada e mais
eficiência”.
Mecanização
A mecanização no campo cresceu no período, com o número de tratores
passando de 820.718 para 1.229.907 (cerca de 50%). Os estabelecimentos que
possuíam colheitadeiras passaram de 116 mil para 172 mil (cerca de 48%) e o de
adubadeiras de 147,8 mil para 253,6 mil (mais de 70%).
Por outro lado, o número total de pessoas ocupadas nos estabelecimentos
agropecuários no Brasil somou 15.105.125, entre produtores, pessoas com laços
de parentesco e empregados temporários ou permanentes. O número total caiu em
1,5 milhão de pessoas e a média por estabelecimento caiu de 3,2 em 2006 para 3
em 2017. Desse total, 74% dos trabalhadores tinham laço de parentesco com o
produtor entrevistado.
Se forem levados em conta apenas os estabelecimentos da agricultura
familiar, houve redução de 2,16 milhões de pessoas ocupadas, enquanto nos
demais estabelecimentos a mão de obra aumentou em 702,9 mil trabalhadores. O
número de estabelecimentos que contam com receitas de fora da atividade
agrícola aumentou 79%, chegando a 1,15 milhão.
O levantamento também mostra que houve aumento expressivo na contratação
de mão de obra terceirizada, com 143% a mais do que em 2006, chegando a
611.624 estabelecimentos utilizando esta forma de trabalho. Dentro dessa
modalidade, a maioria contrata por meio de empreiteiros, com um total de
497.247, um aumento de 108%. Com informações da Agência Brasil.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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