Porto Alegre, 1 de outubro de 2018 – As máquinas pararam no oeste da
Bahia, com o término da colheita de algodão, já considerada, como uma super
safra. Em meados de setembro, nas áreas onde ainda restavam plantações, o
trabalho foi intensificado e teve agricultor que chegou a colher no período da
noite. Agora, 100% da safra da região está colhida e pronta para ser
comercializada, com resultados bastante animadores em produtividade e qualidade
da fibra.
De acordo com a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), o
estado colheu nesta safra 1,270 milhão de toneladas de algodão (caroço e
pluma), 370 mil a mais que na última safra. Os produtores plantaram em uma
área total de 263.692 mil hectares em toda a Bahia, um incremento de área de
30,77% em relação à safra passada. A região oeste é responsável por 96%
da produção de algodão da Bahia, que é o segundo maior produtor da fibra no
Brasil, atrás somente do Mato Grosso. A colheita na Bahia obedece ao prazo
limite do dia 20 de setembro, quando inicia o período do vazio sanitário do
algodão, e, por 60 dias, os cotonicultores devem eliminar todos os restos
culturais do campo a fim de evitar a proliferação de pragas, principalmente o
bicudo do algodoeiro.
O presidente da Abapa, Júlio Busato avalia que após quatro anos amargando
resultados negativos, desde a safra passada os produtores do oeste começam a
recuperar as perdas. “Em 2017 tivemos uma safra muito boa e este ano, acabou
sendo a melhor da história. Isso é muito bom e vem em um bom momento para que
os produtores possam sanar dívidas do passado e pensar em novos investimentos
como máquinas e sementes, por exemplo”, diz. Ele acrescenta que os
resultados são creditados às chuvas regulares e ao trabalho consistente
desenvolvido em campo no combate a pragas, por meio do programa fitossanitário
da Abapa. A produtividade média das lavouras é considerada recorde pela
segunda safra consecutiva, acima das 322 arrobas/hectare.
Outro ponto destacado por Busato é a contrapartida que uma safra de
excelência aliada ao trabalho sério dos produtores deixa para o Estado.
“Esses 263 mil hectares cultivados este ano contribuíram com R$ 4bilhões
Valor Bruto da Produção (VPB), isso sem falar nos 40 mil empregos gerados
direta e indiretamente pela cadeia produtiva do algodão”. Com a previsão da
regularidade do ciclo de chuvas e da cotação do mercado, a próxima safra de
algodão já prevê um crescimento de área, saindo dos 263,6 para 330 mil
hectares, em um incremento de 25,5%.
A expectativa é que gradualmente no prazo das três próximas safras, a
região possa retornar à capacidade instalada para a produção da fibra, que
era de 400 mil hectares, antes da crise de chuvas e de pragas que reduziram a
produtividade gerando uma descapitalização e o aumento no endividamento dos
produtores. A atual safra de algodão da Bahia deve abastecer principalmente a
indústria têxtil brasileira, sendo o restante dela, cerca de 40%, destinada
para o mercado externo para os países asiáticos. As informações partem da
assessoria de imprensa da Abapa.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 29/04/2025 09:50