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ALGODÃO: Portaria suspende vazio sanitário em municípios do sudoeste baiano

6 de junho de 2016
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Porto Alegre, 6 de junho de 2016 – Os municípios do Território de
Identidade Sertão Produtivo, e, do Território Velho Chico, as regiões de Bom
Jesus da Lapa; Igaporã; Malhada; Matina e Riacho de Santana, adquirem novo
fôlego para retomar a produção de algodão.

A Portaria n229 de 1 de junho de 2016, da Agência de Defesa
Agropecuária da Bahia (Adab), vinculada à Secretaria da Agricultura (Seagri),
suspende o vazio sanitário – período de ausência de plantas vivas do
algodoeiro “soqueira e tigueras” no campo – do algodão nessas regiões,
por dois anos, mediante atendimento das exigências preestabelecidas.

Reunidos com produtores da região, o secretário da Agricultura, Vitor
Bonfim, técnicos da Adab e demais representantes de instituições ligadas ao
segmento, esclareceram os detalhes da nova portaria e os impactos que a medida
pode causar na produção. O encontro aconteceu no estande da Seagri, na última
sexta-feira (3), montado no Parque de Exposição Gercino Coelho, durante a
28 edição da EXPOGUANAMBI, que encerra até hoje (5).

“A produção de algodão crescia na região, porém diante intensa
escassez de chuvas, nos últimos três anos, registrou-se queda de 30 mil
arroubas para 12 mil e agora oito mil arroubas, migrando de 250 mil hectares
plantados, na década de 80, auge da cotonicultura (produção de algodão) no
sudoeste, para os atuais 8 mil ha na safra 2015/2016. A produção de algodão,
por conta das condições climáticas da região é a principal atividade
viável e com potencial de crescimento, podendo se tornar um vetor de
desenvolvimento como já acontece na região oeste, de forma sustentável, sem
colocar em risco a sanidade vegetal do Estado”, destacou o secretário da
Agricultura.

A portaria faz uma adequação à normativa federal, que estabelece o vazio
sanitário para a cultura do algodão no Estado da Bahia, no período de 20 de
setembro a 20 de novembro de cada ano, como já acontece em outros estados, a
exemplo de Minas Gerais, que exclui da obrigatoriedade as propriedades
produtoras de algodão localizadas abaixo de 600 metros de altitude nas regiões
Noroeste e Norte de Minas. “O Estado de Minas faz fronteira com a região
baiana e possui condições de clima e solo semelhantes.
O sudoeste não deve efetuar o plantio do algodão da mesma forma que o oeste,
diante da distinção climática e nível pluviométrico entre as regiões”,
relatou Bonfim.

Todos os produtores de algodão deverão cadastrar suas propriedades na
ADAB, até o dia 20 de novembro de cada ano. Os cotonicultores (produtores de
algodão) das regiões contempladas com a suspenção do vazio, que querem fazer
parte do regime, devem se cadastrar na Associação Baiana dos Produtores de
Algodão – ABAPA, até o dia 10 de setembro de cada ano, munidos das seguintes
informações: nome do produtor, da propriedade e do município, e coordenadas
geográficas da propriedade e da área plantada. Nessas propriedades, não será
permitida a presença de estruturas reprodutivas (botão floral e maçãs), os
quais deverão ser exterminados através de processos mecânicos, químicos ou
conjugados, facultando a possibilidade da utilização de pastejo de animais. O
não cumprimento desses procedimentos, implicará na obrigatoriedade imediata do
vazio sanitário.

As propriedades serão monitoradas pela ABAPA e fiscalizadas pela ADAB. No
período de dois anos de suspenção do vazio, através do monitoramento e
análise dos riscos, com o suporte dos institutos de pesquisa, serão mensurados
os resultados e impactos da mudança, como forma de prevenção contra doenças
e pregas nas lavouras, a exemplo do Bicudo (Anthonomusgrandis), besouro
considerado a principal praga do algodoeiro. A ADAB fará a inspeção das
propriedades, como já acontece, e diante do não cumprimento das exigências
sanitárias estabelecidas o produtor será multado. “Só atestaremos os reais
efeitos desta modificação nas safras 2016/2017 e 2017/2018, quando, através
da pesquisa, os resultados da portaria estarão respaldados cientificamente”,
explicou Bonfim.

O diretor de Defesa Vegetal da ADAB, Armando Sá, afirma que “o algodão
revolucionou e enriqueceu a região oeste do Estado e temos que fazer o mesmo
aqui no sudoeste. Vale ressaltar que o vazio não deixou de existir, foi aberta
apenas exceções para alguns municípios”. Com informações da assessoria de
imprensa da Seagri.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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