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ARROZ: Benefícios da rotação de culturas e integração lavoura pecuária leva produtor a ser multissafras

22 de dezembro de 2022
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Porto Alegre, 22 de dezembro de 2022 – Para suportar um aumento de custo na produção de arroz,
que nos últimos dois anos girou em torno de 60%, o arrozeiro precisa buscar alternativas para se
manter no campo. No entendimento da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul
(Federarroz) isto se dá pela mudança de foco, onde o arrozeiro deixa de ser produtor de arroz para
ser produtor de grãos, passa a executar rotação de culturas e desenvolve habilidades de alta
gestão, sendo detentor dos custos de produção. Tanto que o tema da 33 Abertura Oficial da
Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas será Arrozeiros como produtores multissafras, onde
diversas palestras e painéis estão sendo programados para debater e detalhar o assunto.

O presidente da Federarroz, Alexandre Velho, explica que o perfil deste arrozeiro multissafras
passa por uma busca de alternativas, por uma intensificação da integração lavoura e pecuária.
Na medida do possível e de acordo com as características da sua propriedade, o produtor tem que
buscar outras alternativas além da soja, como o milho, o trigo e aumentar a pecuária no sistema de
produção, detalha. Além disso, o dirigente detalha que o arrozeiro tem que se profissionalizar na
gestão da propriedade rural e atualizar os seus custos de produção. Tem que ter o seu próprio
custo de produção e não somente o do Irga e buscar através de uma gestão eficiente do processo
de produção e da rotação de culturas, ter uma eficiência maior com relação ao seu negócio,
comenta Alexandre Velho.

A rotação de culturas, conforme o dirigente, é a única ferramenta, hoje existente, para
aumentar a fertilidade de solos e, consequentemente, quando o produtor voltar com a cultura do arroz
neste solo, ter um aumento da produtividade. Em função da melhor fertilidade, ele aumenta a
produtividade do arroz e consequentemente tem condições de enfrentar um alto custo de produção
que aumentou, em média, 60% na cultura do arroz nos últimos dois anos, afirma Alexandre Velho.

Pesquisador na área de integração lavoura-pecuária na Embrapa, Jorge Schafhauser é o atual
coordenador técnico da Estação Experimental de Terras Baixas e afirma que toda propriedade pode
ser multissafras. Pelo fato de que nós fazemos uso muito menor do solo no inverno, comparado ao
verão, há uma janela muito grande para cultivos de inverno e aí entram culturas como trigo,
triticale, centeio, cevada que são grãos que, não só podem ser comercializados para a indústria
de alimentação animal, como também para alimentação humana. Além disso, a implantação de
pastagens de inverno pode fornecer tanto forragem fresca para o uso em pastejo, quanto ser
armazenada na forma de feno e silagem, para ser utilizada com o gado nos períodos em que as áreas
estão sob cultivos de verão, destaca.

Para Schafhauser, não há nada que limite o produtor para ser multissafras. Ele ressalta a
importância de o produtor compreender que não deve comparar, de uma forma simplista, uma cultura
contra a outra ou com a pecuária, e sim visualizar os ganhos mútuos entre ambas e os benefícios
de uma atividade sobre a outra, que muitas vezes são complexos e difíceis de mensurar, mas que a
pesquisa demonstra serem de grande importância para o sistema de produção. Assim como nós
falamos que a pecuária melhora a ciclagem de nutrientes, a matéria orgânica do solo porque essa
pastagem possui raízes e que aprofundam e aeram o solo, buscam nutrientes numa profundidade maior,
assim dessa mesma forma também, algumas culturas têm a capacidade de deixar benefícios que são
difíceis de mensurar, mas que acontecem realmente, exemplifica o pesquisador da Embrapa Terras
Baixas.

O especialista também ressalta que há uma série de insumos que tem seu uso potencializado com
a integração lavoura pecuária e a rotatividade de culturas na propriedade. As máquinas, a mão
de obra, benefícios ambientais do ponto de vista de solo, a cobertura de solo, a ciclagem de
nutrientes, tudo que a pecuária proporciona, quase que obriga o produtor contemporâneo a ser
multissafras para poder se manter competitivo no mercado, garante. As informações são da
assessoria de imprensa.

Yasmim Borges (yasmim.borges@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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