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ARROZ: Farsul defende revisão e clareza na política de preço mínimo

15 de janeiro de 2019
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Porto Alegre, 15 de janeiro de 2019 – Na próxima quarta-feira, dia 16, em
Brasília, será realizada reunião que irá definir o preço mínimo do arroz
para 2019. A Farsul, que participará do encontro, questiona a forma de
aplicação da política de composição dos valores. Conforme a entidade, não
há clareza na metodologia aplicada, fazendo com que o resultado não seja
técnico, mas uma adequação ao orçamento do Governo Federal.

O economista-chefe do Sistema Farsul, Antônio da Luz, lembra que a
reivindicação da Federação não é nova. “Já levamos esta questão a
outros governos e vamos continuar carregando essa bandeira até que a
metodologia seja clara”. Para Luz, se a política continuará a ser aplicada,
ela deve ser aberta e coerente “O mínimo tem que ser o mínimo mesmo, mas em
um valor aceitável”, destaca.

Para o presidente da Comissão do Arroz da Farsul, Francisco Schardong, o
tema sobre o preço mínimo ressurge a cada ano desconsiderando a importância
da lavoura orizícola no país. “Ano após ano esse valor é um engodo por ser
mais político do que baseado nos custos de produção reais. Os governos
alegam que se elevarmos o valor real, não terão caixa para praticar as
ferramentas necessárias para a sua comercialização”, crítica.

Atualmente, a formação do preço é baseada na paridade de importação,
na análise do quadro de oferta e demanda e no custo variável, o chamado
desembolso, que não contempla os valores de arrendamento, por exemplo. Porém,
Antônio da Luz, chama a atenção para o fato de não haver uma definição dos
pesos de cada um desse itens o que deixa espaço aberto à subjetividade.

Para o economista, na prática o processo é o inverso ao que deveria. O
governo faz a política com o orçamento que tem, o que faz o preço ser cada
vez menor. “Na realidade, quem determina o preço mínimo é o Ministério da
Fazenda que não entende nada de plantio de arroz e usa as informações da
Conab”, reclama. Luz ressalta que o grande problema está na falta de
levantamento dos custos pela Conab.

Ele lembra que a Farsul realiza pesquisas anuais desde 2006 a partir do
programa Campo Futuro, em parceria com a CNA e Esalq/Cepea. “Ninguém tem
esses dados de forma mais detalhada do que nós, inclusive com série
histórica”, ressalta. Por outro lado, a última pesquisa de campo realizada
pela Conab já tem quatro anos. E mesmo nessa, Luz aponta problemas. “Junto
com a Federarroz acompanhamos toda a coleta de informações e para nossa
surpresa, os números no site da Conab eram completamente diferentes daqueles
que havíamos registrado”, relembra.

A Farsul defende que a política do preço mínimo funcione ao que se
propõe, “esperamos que o preço mínimo seja uma realidade, não um preço
apenas político”, destaca Francisco Schardong. Para isso é necessário que
seja desenvolvida uma metodologia clara e técnica para a política do preço
mínimo. “Na forma atual, o sentimento do produtor é de desrespeito do
governo. É preciso que se tenha método, que os itens e pesos sejam definidos
para que qualquer um possa compreender a composição de um preço mínimo. Ele
não pode depender de um debate numa mesa de reuniões”, afirma Antônio da
Luz. Conforme a Federação, o preço mínimo do arroz atual deveria estar
próximo dos R$ 40,00.

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Cotação semanal

Dados referentes a semana 06/06/2025

Suíno Independente kg vivo

R$ 8,37

Farelo de soja à vista tonelada

R$ 1.725,00

Casquinha de soja à vista tonelada

R$ 1.200,00

Milho Saca

R$ 67,50
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Preço base - Integração

Atualizado em: 05/06/2025 09:30

AURORA* - base suíno gordo

R$ 6,60

AURORA* - base suíno leitão

R$ 6,70

Cooperativa Majestade*

R$ 6,60

Dália Alimentos* - base suíno gordo

R$ 7,00

Dália Alimentos* - base leitão

R$ 7,00

Alibem - base creche e term.

R$ 5,75

Alibem - base suíno leitão

R$ 6,60

BRF

R$ 7,30

Estrela Alimentos - creche e term.

R$ 6,40

Estrela Alimentos - base leitão

R$ 6,40

Pamplona* base term.

R$ 6,60

Pamplona* base suíno leitão

R$ 6,70
* mais bonificação de carcaça Ver anteriores

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