Porto Alegre, 9 de março de 2016 – Uma missão de arrozeiros gaúchos
viaja nesta semana para o continente africano com objetivo de fortalecer
mercados ao produto brasileiro. A Federação das Associações de Arrozeiros do
Estado do Rio Grande do Sul (Federarroz), em conjunto com o Instituto Rio
Grandense do Arroz (Irga), dá prosseguimento ao projeto de protagonizar o
comércio internacional do arroz brasileiro. A missão segue para Gana no
próximo sábado, dia 12, onde deve permanecer até a sexta-feira, dia 18.
O presidente da Federarroz, Henrique Dornelles, afirma que o setor deseja
estar presente nas negociações, colaborando nos tramites ou mesmo abrindo
mercados, sempre buscando uma atuação em cadeia. Salienta que a África já
havia sido identificada como importante mercado em expansão. Entretanto, poucas
ações específicas haviam sido executadas. “A tendência é que siga
havendo incremento no consumo de arroz no continente, que já é considerável.
A proximidade geográfica com o Brasil é diferencial importante”, explica.
Dornelles lembra que o objetivo da missão é criar laços mais fortes,
não só comerciais, mas também cooperativos, para que o Rio Grande do Sul e o
Brasil sejam reconhecidos pelos africanos como verdadeiros parceiros. “Nós
desejamos construir uma imagem muito positiva das nossas pretensões, que vão
além das ambições comerciais. Nosso desejo é aumentar o comércio do produto
brasileiro, mas também criar melhores condições à esses povos, para que
eles possam desfrutar uma vida mais digna devido à agricultura competitiva”,
enfatiza.
Para Dornelles, a referida “maior competitividade” não é uma ameaça
ao comércio brasileiro, porque o continente africano, em especial Gana, possui
grandes impeditivos culturais, de solo e até clima, limitantes ao avanço da
agricultura. Assim, haverá sempre necessidade de buscar produto estrangeiro em
complemento à produção própria. Atualmente o Brasil exporta 10% da sua
produção de arroz, que corresponde mais de 30% do total do Mercosul. “Por
sermos o país que mais consome, mas também o que mais produz dentro do bloco,
temos a pretensão de protagonizar o comércio internacional de arroz da
região, inclusive puxando essa liderança para o setor”, garante Dornelles.
Segundo o presidente do Irga, Guinter Frantz, fará parte das negociações
da missão a possibilidade do rebaixamento da taxa de importação ao arroz
brasileiro, criando condições mais favoráveis ao comércio.”Estamos fazendo
essa viagem primeiramente para entender o processo produtivo de Gana, suas
limitações e demandas.
Estabelecidos os acordos comerciais, poderá ser concretizada a
transferência de tecnologia, inclusive com comércio de sementes, já que o Rio
Grande do Sul possui condições naturais excepcionais para esse fim. Exportar
sementes é aumentar o valor agregado do produto, além de contribuir com o
enxugamento do mercado, proporcionando melhores condições aos preços
internos”, explica Guinter.
Gana é um país com extensão territorial menor que a do Rio Grande do
Sul. Hoje é a democracia mais consolidada do continente. Possui demanda por
importação superior a 350 mil toneladas e um consumo total de aproximadamente
800 mil toneladas. Menos de 10% da área ocupada pelo arroz é irrigada,
apresentando produtividade média de 2,5t/ha. É uma das melhores e mais
promissoras economias da região oeste africana, contando com forte turismo,
sendo o destino favorito dos guias turísticos. Com informações da assessoria
de imprensa da Federarroz.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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