Porto Alegre, 21 de janeiro de 2016 – Com a incidência das fortes chuvas e
enchentes que prejudicaram parte das lavouras de arroz no final de 2015 e devem
trazer perdas de pelo menos 15% na cultura, também começam a aparecer os
casos de brusone nas plantas. Arrozeiros de diversas regiões do Rio Grande do
Sul já relatam em fóruns de debates problemas com a doença devido às
condições climáticas que favorecem a proliferação do fungo causador do mal.
De acordo com o diretor de Pesquisa da RiceTec Sementes, Edgar Alonso
Torres Toro, além do clima, o uso de cultivares suscetíveis à doença e o
manejo incorreto da lavoura podem ser fatores preponderantes para a
proliferação do fungo. “A brusone é uma doença que tem convivido com o
arroz há muito tempo e é provável que as mudanças no clima ajudem no aumento
da incidência da doenca. Por tanto, devemos aprender a conviver com a doença
com uma estratégia de manejo integrado”, ressalta.
No caso da Brusone, conforme o especialista, é preciso considerar a
resistência genética das cultivares utilizadas e o correto manejo agronômico,
incluindo o uso criterioso de fungicidas, como as mais importantes. Neste
cenário, a pesquisa e o uso de tecnologias adequadas são fundamentais no
processo de combate à brusone. “A resistência genética é um excelente
método de controle, pois já vem incluída na semente e é completamente
amigável com o ambiente”, salienta.
Torres observa que é preciso pensar na estratégia em relação à
durabilidade da resistência. Devido a co-evolução entre o patógeno e a
planta do arroz por, o fungo sempre vai conseguir quebrar a resistência. “Em
consequência, o objetivo é reduzir o máximo possível a probabilidade desta
quebra da resistência e estar um passo a frente do fungo. Para se conquistar
este objetivo é fundamental conhecer muito bem o patógeno, ou seja, estudar a
sua variabilidade e evolução mediante o monitoramento continuo das raças do
fungo”, explica.
O especialista indica que é possível desenhar estratégias de
melhoramento para acumular os genes de resistência efetivos. Afirma que é
preciso evitar a semeadura da mesma cultivar em grandes extensões e sempre que
possível ter uma diversidade genética de cultivares na propriedade. “Não
somente devemos utilizar cultivares resistentes, mas também utilizá-las de
maneira criteriosa de forma que se assegure a durabilidade da resistência”,
informa Torres Toro.
Neste sentido, a RiceTec tem trabalhado o aumento da competitividade e da
produtividade do arroz no Brasil como um fator fundamental para o sucesso do
negócio. Considera de vital importância unir esforços público e privado para
entender a diversidade do patógeno e desta forma planejar estratégias para o
desenvolvimento da resistência genética durável à brusone do arroz. As
informações partem da assessoria de imprensa.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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