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Artigo DB: condições ambientais para uma ótima produção espermática

21 de setembro de 2016
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A inseminação artificial é a tecnologia reprodutiva mais difundida na espécie suína, sendo utilizada de maneira rotineira por todas as grandes empresas do setor. O sucesso da inseminação artificial é dependente da produção constante de doses apresentando ótimos parâmetros seminais, sendo que a quantidade e a qualidade do ejaculado são frequentemente avaliados por parâmetros chaves, como volume, concentração e porcentagem de espermatozoides móveis. Tal qualidade espermática é reconhecidamente influenciada pelo bem-estar dos reprodutores, sejam eles alojados em grandes centrais de inseminação especializadas ou mesmo na própria granja do produtor.
Além de fornecer condições apropriadas de instalações e nutrição, o bem-estar dos reprodutores é altamente dependente das condições ambientais, no qual há um claro efeito da temperatura e umidade sobre a produção seminal e na perda de qualidade espermática, o que se reflete na fertilidade dos reprodutores. Conside-rando que o suíno é um animal que apresenta um sistema termorregulador pouco desenvolvido, eles são muito susceptíveis à fatores ambientais externos (temperatura e umidade).
Com a proximidade do verão e conse-quentemente das altas temperaturas, há sempre a preocupação com o desempenho reprodutivo nas granjas, que frequentemente é relacionada apenas às condições ambientais em que as porcas estão submetidas. Entretanto, nunca deve-se negligenciar o efeito do estresse térmico sobre os reprodutores e obviamente sua contribuição nos resultados reprodutivos.
Há uma grande quantidade de traba-lhos científicos na literatura demonstrando que a exposição diária dos reprodutores à altas temperaturas (já acima de 28-30 °C) por períodos constantes tem um importante efeito negativo sobre a qualidade espermática. Tais condições podem causar degeneração testicular e desequilibro hormonal e metabólico que têm efeito negativo sobre a espermatogênese. É importante salientar que tais temperaturas são frequentemente obser-vadas em granjas em diversas regiões do Brasil. Além do estresse térmico provocado pelas altas temperaturas, há um agra-vante, pois as altas flutuações de temperatura entre o dia e a noite também devem afetar negativamente a qualidade esper-mática e consequentemente a fertilidade dos reprodutores. O estresse térmico pode também apresentar um efeito indireto sobre a qualidade seminal, considerando a redução no consumo de ração e consequentemente da quantidade mínima de nutrientes requeridos.
Portanto as condições ambientais devem ser as mais adequadas possíveis, pois irão influenciar de forma decisiva na eficiência dos reprodutores:

• Temperatura ótima: 18 a 23 °C
• Luz diária: 12 a 14 horas
• Umidade relativa: 60 a 65%

O controle ambiental utilizando a climatização artificial tem se mostrado muito eficiente em reduzir as temperaturas no interior das instalações e minimizar o estresse térmico sofrido pelos reprodutores.

 

Texto assinado pelo médico-veterinário Diego Alkmin.

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