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BIOCOMBUSTIVEIS: Biodiesel favorece oferta de alimentos no Brasil, diz Abiove

13 de fevereiro de 2023
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Porto Alegre, 13 de fevereiro de 2023 – Enquanto se discute a retomada do aumento progressivo do
teor de biodiesel adicionado ao diesel fóssil, a inflação de janeiro no Brasil registrou um
crescimento de 0,53% puxada pelo preço dos alimentos, segundo divulgou o IBGE na última quinta
(9).

O cenário poderia ser um pouco diferente se, ao invés dos atuais 10% (B10), a mistura de
biodiesel fosse maior, já que a produção do biocombustível estimula o processamento da soja em
grão e, portanto, de óleo de soja, sua principal matéria-prima, incrementando assim a oferta de
farelo para a alimentação animal, o que resulta em melhores preços de produtos como carnes, ovos
e produtos lácteos.

No relatório final do Grupo Técnico de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, lançado no fim
de dezembro de 2022, o governo afirma que Neste sentido, aos preços atuais, o aumento de 10% para
15%, implicaria uma variação de preços do diesel ao consumidor “na bomba” de 5 centavos por
litro, um impacto estimado no IPCA de 0,002 pontos percentuais. No entanto, o aumento da mistura de
biodiesel proporciona aumento da produção de farelo de soja a ser consumido pelas cadeias de
proteína animal, com consequente redução de preços equivalente a 0,25 p.p. do IPCA, assim,
auxiliando na redução da inflação de 0,23 p.p. do IPCA. Cabe ainda mencionar que os impactos do
biodiesel no diesel também foram calculados considerando o IGP-M. Neste caso, o aumento de 1 p.p.
de biodiesel na mistura geraria um impacto direto e indireto de apenas 0,01 p.p. no índice, ou
seja, um efeito bem inferior ao ganho proporcionado ao consumidor.

A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (ABIOVE) reforça que cada ponto
percentual a mais de biodiesel na mistura gera maior produção de farelo. Observando as
estatísticas históricas, levantadas e mantidas pela associação, confirma-se o movimento de que
mais biodiesel acarreta em mais alimentos. Esta análise parte do esmagamento da soja anual no país
em dois intervalos distintos: de 1990 até 2007 e de 2008 (quando teve início o Programa Nacional
de Produção e Uso de Biodiesel – PNPB) até 2022. Entre 2008 e 2022, 90 milhões de toneladas de
soja foram esmagadas a mais devido ao biodiesel. Isso representa cerca de 16% do total processado no
período (502 milhões de toneladas).

A retomada da mistura do biodiesel neste ano também pode incrementar a produção de óleo de
soja, produto de grande presença na mesa do brasileiro, em mais de quinhentas mil toneladas. As
mais recentes projeções da ABIOVE para a atual safra apontam para uma produção de mais de 40
milhões de toneladas de farelo de soja e 10,7 milhões de toneladas de óleo, volumes recordes.
Vale ressaltar que a entidade elaborou seus levantamentos considerando a retomada do cronograma de
mistura de biodiesel ao diesel comercial em 15% (B15), a partir de março, conforme previsto em lei.

As informações partem da assessoria de imprensa da Abiove.

Revisão:Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) – Agência SAFRAS

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Alibem - base suíno leitão

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Estrela Alimentos - base leitão

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Pamplona* base suíno leitão

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