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BIOCOMBUSTIVEIS: Diesel verde é grande promessa e oportunidade ao setor de etanol

18 de agosto de 2022
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Porto Alegre, 18 de agosto de 2022 – A Fenasucro & Agrocana – maior feira do mundo voltada
exclusivamente ao setor de bioenergia apresenta as tecnologias do Brasil para o mundo, expondo o
presente e apontando o futuro do setor.

No terceiro dia da 28 edição da feira, o Diesel Verde foi lançado como grande promessa e
oportunidade ao etanol. Trata-se de uma nova tecnologia, que transforma o etanol hidratado em um
substituto ao diesel, sem a modificação nos motores. O tema foi abordado durante o Visão Agro
Talk: O Futuro da Energia Verde, que apresentou as tendências e destaques para o setor na geração
da energia limpa e renovável.

De acordo com Marcos Daniel de Lima, engenheiro de Automação, Diretor de P&D e Inovação
Tecnológica da DUO Automation, o Diesel Verde é o futuro do setor de bioenergia para veículos
pesados. O etanol, hoje, atende bem veículos leves. Só que está sofrendo uma concorrência dos
elétricos, do hidrogênio verde, dos híbridos, além da pressão do preço do petróleo. O que
afeta diretamente o produtor e o consumidor, explica.

Diante desse cenário, Lima sinaliza o momento como oportuno para a substituição do diesel
convencional, que tem origem fóssil, por um derivado do etanol e com as mesmas características
técnicas de combustão de motores.

Isso porque, segundo ele, a grande vantagem do Diesel Verde é a redução de poluição de
particulados. A poluição gerada pelo transporte pesado (ônibus e caminhões) nos grandes centros
é grande e o Diesel Verde vem para mitigar esse problema, pois zera a emissão de particulados e,
como consequência, a poluição, exemplifica.

Já no campo, a tecnologia pode ser implantada em qualquer usina e pode representar lucro, visto
que hoje, de acordo com Lima, elas consomem 10% de seu faturamento bruto com diesel fóssil para
frotas e máquinas. Já são 10 anos de pesquisas desta solução produzida com tecnologia nacional
tanto para as usinas como para o mercado consumidor e sociedade, frisa. Em 2024 já teremos o diesel
verde como realidade. É um futuro bem próximo para o setor, conclui.

Tecnologia para o presente

O biogás gerado a partir da cana-de-açúcar, que um dia foi tendência, hoje é realidade no
setor da bioenergia. Este cenário foi antecipado pela Fenasucro & Agrocana na edição de 2019.

Passado este período, o Brasil tem hoje 5 usinas autorizadas pela Agência Nacional do
Petróleo (ANP) a produzirem esse subproduto e a tendência é de crescimento, mas ainda é preciso
considerar a criação de novas usinas geradoras de biogás para suprir a demanda esperada.

Isso porque o setor entende que é preciso uma grande articulação para suprir a crescente
demanda por energia elétrica, como explica o especialista em energia e Gerente Comercial OnPower
Geradores, Fernando Lemos. “Nos últimos 5 anos tivemos um crescimento fantástico e podemos crescer
muito mais nos próximos 5 anos diante do potencial instalado. Estamos falando de energia limpa,
renovável e descentralizada, que é produzida a partir de um subproduto farto”, afirma.

Atualmente, 71% do biogás é aproveitado para a geração de eletricidade, sendo que a
produção está em 2,3 bilhões de Nm. Até 2027, a previsão é que o número chegue a 10,8
bilhões de Nm.

A indústria da cana-de-açúcar deve protagonizar esse cenário pois, segundo estimativa da
ANP, o setor sucroenergético tem o maior potencial para geração de energia elétrica (57,6%).
Depois, vem a geração por meio da proteína animal (38,2%) e na sequência, a produção agrícola
(18,2%).

A gerente Executiva da Associação Brasileira do Biogás (ABiogás), Tamar Roitman, compreende
que a tecnologia é uma realidade consolidada, com 811 plantas instaladas no país, mas é preciso
ir além. “O setor poderia produzir 50% a mais usando a mesma fonte de energia sem plantar um
hectare a mais de cana. Cada vez mais a indústria busca soluções, e vemos que hoje a
bioeletricidade é o que garante uma boa parte das receitas dessas empresas”, declara.

Tamar lembra ainda que em um ano de dificuldades na obtenção de fertilizantes, as usinas
poderiam aproveitar esse subproduto. “A dependência de fertilizante externo é constante. O agro
precisa desse insumo sendo que poderíamos produzi-lo aqui aproveitando nutrientes fartos na
indústria de cana-de-açúcar”, pondera.

Programação de sexta-feira

Nesta sexta-feira, 19/08, último dia de feira, CEISE BR e Fenasucro & Agrocana destacam a
importância de escalar processos fermentativos para teste de novos produtos no contexto da
biotecnologia.

E às 14h, ocorre o tradicional evento LIDE Mulheres, com a moderação da diretora do grupo
Viralcool, Claudia Toniello, que aborda a presença feminina no mercado de trabalho. Integram a
mesa, a Presidente da Sociedade Rural Brasileira, Teresa Vendramini; a promotora de Justiça e
Fundadora do Instituto Justiça de Saia, Gabriela Manssur; e o Presidente do Lide Ribeirão, Fábio
Fernandes.

As informações partem da assessoria de imprensa do evento.

Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) – Agência SAFRAS

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