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BIODIESEL:Ubrabio propõe ampliar medidas de controle da qualidade do diesel

14 de setembro de 2021
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Porto Alegre, 14 de setembro de 2021 – O diretor superintendente da União
Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio), Donizete Tokarski, defendeu a
ampliação e adoção de medidas administrativas pelo governo e Agência
Nacional do Petróleo para monitorar a qualidade do diesel e do biodiesel em
todos os elos da cadeia produtiva, da indústria, armazenagem, distribuição e
postos de abastecimento. A proposta foi feita nesta segunda-feira (13), durante
webinar realizado pela Fundação Getúlio Vargas para debater o tema “O
Biodiesel e a Diversificação Energética”.

Falando em nome da entidade que representa mais de 40% da produção de
biodiesel, Donzete Tokarski disse que a entidade propõe, além da atualização
do guia de boas práticas da Agência Nacional do Petróleo (ANP), a
conferência da qualidade do diesel A e do biodiesel B 100 antes da mistura pela
distribuidora, a implementação de sistema de drenagem permanente nos tanques,
a recirculação e filtragem do diesel A, do biodiesel e do diesel B, e a
realização de análise no embarque, nas bases e na chegada do produto aos
postos.

“Não podemos atribuir apenas ao produtor de biodiesel a responsabilidade
sobre a qualidade. Esta questão tem que ser distribuída entre todos os elos da
produção e uso do biodiesel e diesel B. Todo biodiesel sai da indústria com
certificação”, argumentou Tokarski.

Apesar de o Brasil adotar os mais severos parâmetros de qualidade adotados
em países como Estados Unidos, onde já se utiliza 20% em alguns estados, e
Indonésia, com mistura de até 30%, o CEO da Ubrabio sugeriu a revisão das
atuais especificações adotadas pela ANP para torna-las ainda mais rigorosas,
além de medidas complementares como a implementação efetiva do programa de
monitoramento da Qualidade do Biodiesel (PMQBio).

As entidades que representam os produtores de biodiesel solicitaram à ANP a
revisão das especificações do diesel e do biodiesel, mas até agora não
houve resposta da agência.

Na sua palestra, Donizete Tokarski lembrou que 100% do biodiesel sai da
usina com certificação, feita em cada um caminhão, e que relatório da ANP de
junho deste ano revela que o Indice de conformidade do diesel B foi 97%. A
maior incidência de “não conformidade” do diesel B refere-se a dosagem de
biodiesel.

O executivo da Ubrabio também defendeu o banimento do diesel S 500 como
medida urgente que o governo poderia tomar para melhorar a qualidade do diesel
ao consumidor. Este diesel, que lança na atmosfera 500 partes por milhão de
enxofre, já não é mais utilizado na Europa, Estados Unidos e até em países
vizinhos como o Chile.

Donizete também defendeu a prorrogação do atual modelo de
comercialização de biodiesel, hoje feito através de leilões. Ele ressaltou
que o atual modelo traz transparência, induz a competitividade, permite ampla
participação e equidade no processo, dá previsibilidade, depressor do valor
do combustível, blindagem das fraudes e da sonegação, descentraliza a
produção de combustíveis e dá eficiência logística e controle da mistura.

O dirigente da Ubrabio ressalta que ainda há necessidade de se estabelecer
mecanismos para a equalização das questões tributárias que envolvem os
Estados e a União, além de atraso nas definições normativas pela ANP.

Campanha difamatória

Durante o webinar da FGV, o diretor superintendente da Ubrabio alertou o
governo para uma campanha publicitária difamatória para desqualificar o
biodiesel que está sendo feita por segmentos do setor de combustíveis.

“Há uma campanha difamatória sobre o biodiesel. Estão usando falsas
informações para esconder os reais problemas e interesses desse setor. Alegam
questões técnicas, sendo que são os mesmos atores que participaram da maior
bateria de testes”, disse Donizete.

E acrescentou: “O Ministério de Minas e Energia, a ANP e o governo como um
todo participaram dos testes. Eles precisam agir contra essas campanhas e
envolver, se for preciso, o Ministério Público Federal, o TCU e outros
órgãos de controle para não permitir que fake news definam estratégias e
políticas públicas que envolvem a nossa segurança energética”.

Preço e valor

Donizete Tokarski também lembrou que o mundo produz cada vez mais biodiesel
e outros biocombustíveis, principalmente por questões ambientais, para evitar
o aquecimento global e reduzir a incidência de doenças graves causadas por
poluição veicular. “Em todo o mundo os biocombustíveis são produzidos, não
necessariamente para competir em preço com os de origem fóssil, mas são para
mitigar os aspectos ambientais, da poluição, para reduzir o CO2 emitido e
melhorar a qualidade do ar para a população.

Na sua palestra o dirigente da Ubrabio lembrou que há várias medidas
governamentais em vários países que demonstram isto. Citou os EUA onde há um
subsidio federal de 72 centavos de real por litro de biodiesel produzido, além
de isenções estaduais para a mistura acima de 11%, além da precificação da
redução das emissões.

Os debates do webinar foram mediados pela coordenadora de pesquisa da FGV
Energia, Magda Chambriard, e contou com a participação do consultor da
fundação, Milas Evangelista, e da pesquisadora da FGV Energia, Flávia Porto.
Também participaram do evento representantes de outras entidades do setor, da
diretora de dowstream do IBP, Valeria Amoroso Lima, e do gerente executivo de
marketing da Petrobrás, Sandro Paes Barreto.

As informações partem da assessoria de imprensa da Ubrabio.

Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) – Agência SAFRAS

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